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UNITA condena atitude ‘repressiva’ e ‘vingativa’ do governo que declarou ‘caça às bruxas’ aos sindicalistas e funcionários que aderiram à greve geral

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O Grupo Parlamentar da UNITA (GPU) condenou, nesta quarta-feira, 27, aquilo que, em linguagem comum, se traduziria como ‘atitude repressiva’ e ‘vingativa’ do governo angolano contra enfermeiros, médicos e funcionários públicos que aderiram à greve geral, convocada pelas centrais sindicais.

Na nota de imprensa, datada de 27 de Março de 2023, o GPU afirma estar “acompanhar com enorme preocupação as medidas do executivo angolano em relação ao tratamento da greve geral na função pública”, cuja primeira fase foi realizada nos dias 20, 21 e 22 do corrente mês e ano.

Os deputados do maior partido na oposição denunciam alegados “actos de violência e repressão policial contra enfermeiros, médicos e outros funcionários que aderiam a greve”, que passam “por descontos salariais, ameaças de despedimentos de dirigentes sindicais e de dirigentes de instituições que tiveram uma adesão em massa, bem como o julgamento sumário e condenação de grevistas”.

“O Grupo Parlamentar da UNITA considera ilegais tais medidas, pois o exercício do direito à greve está consagrado na Constituição da República e na lei, pelo que repudia energicamente a postura do executivo e insta

a reposição da legalidade, devolvendo os condenados à liberdade e restituindo os salários retidos dos grevistas”, sublinha a nota daquele grupo parlamentar.

Os deputados do segundo maior partido político angolano instam, por outro lado, o executivo a primar pelo diálogo com as centrais sindicais e encontrar uma solução mediana, em função das propostas apresentadas pelos sindicatos, e não a manter-se irredutível.

“Apesar das dificuldades, é possível remanejar o OGE [Orçamento Geral do Estado] e ter uma gestão mais virada para a solução de problemas que impactam a vida dos cidadãos. investir mais no homem do que no betão deve ser a saída para o crescimento e desenvolvimento sustentável”, apela a UNITA.

A greve geral — a primeira na história contemporânea do país — foi convocada pela Força Sindical, União Nacional dos Trabalhadores de Angola – Confederação Sindical (UNTA-CS) e a Central Geral de Sindicatos Independentes e Livres de Angola (CGSILA).

A Segunda fase da greve geral está prevista para o período entre os dias 22 e 30 de Abril, ao passo que a a terceira irá de 3 a 14 de Junho do corrente ano.

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