Exportações petrolíferas angolanas renderam 7,7 mil milhões USD no I trimestre de 2024
Angola arrecadou com as exportações petrolíferas, no primeiro trimestre deste ano, cerca de 7,7 mil milhões de dólares norte-americanos (6,4 biliões de kwanzas), como resultado da venda de 94,4 milhões de barris de petróleo bruto, ao preço médio ponderado de USD 82,29/barril, o que representou um aumento de 6,71% face ao trimestre anterior.
Os dados foram apresentados nesta quinta-feira, 25, pelo director do Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística (GEPE) do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Alexandre Garrett, que adiantou que, no ano passado, se registou 88,2 milhões de barris vendidos e uma facturação de 6,94 mil milhões de dólares.
Ao apresentar os resultados do desempenho da indústria petrolífera angolana nos primeiros três meses deste ano, o responsável referiu que, em relação ao quarto e último trimestre de 2023, as exportações do período em análise registaram uma diminuição de 8,43%.
Quanto ao valor bruto arrecadado na venda do petróleo (Brent) angolano, nos primeiros três meses deste ano, o governante disse haver um acréscimo de 11,9% em relação ao período homólogo de 2023, embora tenha se registado uma diminuição de 10%, comparativamente ao quarto trimestre do ano passado.
À semelhança da situação observada nos trimestres anteriores, Alexandre Garrett avançou que a China continuou a ser o principal destino das exportações do petróleo bruto angolano, importando cerca de 49,65% do volume total.
Destaca-se ainda como principais destinos a Índia, com 13,12%, a Espanha (8,76%), a Indonésia (6,93%), a França (4,33%) e os Estados Unidos da América (4,11%).
Do volume exportado, 26,66% pertence à Agência Nacional de Petroleo e Gás (ANPG), 15,78% à Sonangol, ao passo que entre as companhias internacionais destacaram-se a Azule Energy (16,25%), a Total Energies (11,68%), a SSI (7,01%), a Esso (6,99%), a Cabgoc (6,99%) e a Equinor (5,99%).
No período em análise, as principais ramas comercializadas foram Dália, com 12,53%, Mostarda (12,09%), Nemba (9,10%), Pazflor e Cabinda (7,19%).
Em relação à divulgação dos referidos resultados, o secretário de Estado para Petróleo e Gás, José Barroso, sublinhou que o preço do Brent no mercado internacional teve uma tendência crescente e positiva, influenciado por diversos factores, como a continuidade das tensões geopolíticas no Médio Oriente e do conflito armado entre a Rússia e a Ucrânia, assim como a intenção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) em estender os cortes de produção até ao segundo trimestre de 2024.
O ‘Outlook’, evento no qual foram apresentados os dados das exportações do petróleo angolano, termina nesta sexta-feira, 25, com a apresentação das realizações feitas pelas petrolíferas que operam no país e pela concessionária nacional ANPG, ao longo dos primeiros três meses, assim como será feita a análise e perspectivas do mercado do Brent.
Quanto à exploração petrolífera, Angola continua a produzir entre 1,1 milhão e 1,2 milhão de barris de petróleo por dia.
