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Direcções dos hospitais públicos estão a substituir médicos e enfermeiros grevistas por estagiários, denunciam centrais sindicais

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O quarto dia da segunda fase da greve geral em Angola ficou marcado pela denúncia das centrais sindicais que acusaram as direcções dos hospitais de estar a substituir os médicos e enfermeiros grevistas por pessoal estagiário, uma postura descrita como sendo contrária à Lei da Greve.

As centrais sindicais falam numa situação que coloca em risco a vida de todos aqueles que, por esta altura da fase da greve geral, acorrem aos hospitais públicos.

“As centrais sindicais lembram que a atitude das direcções dos hospitais, para além de se poder configurar num acto de irresponsabilidade, viola a Lei da Greve, nos termos do artigo 17.°, que proíbe à entidade empregadora de substituir os trabalhadores em greve”, denunciaram em comunicado de imprensa.

Os sindicalistas reiteraram o apelo anterior aos trabalhadores dos serviços do Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos, a fim de continuarem a observarem a diminuição da carga hora, em obediência aos serviços mínimos.

A partir desta sexta-feira, os serviços de Registos de Óbito estão convidados a trabalhar apenas duas horas diárias (das 8h00 às 10h00), até ao dia 30 de Abril, terça-feira, assim como nos cemitérios, onde os trabalhadores ficam obrigados a cumprir apenas duas horas, das 10h00 às 12h00, de 26 a 30 de Abril.

Quanto às Conservatórias, tal como este portal já havia avançado, as cerimónias de casamento ficam suspensas até ao dia 30 de Abril.

Inspirados no slogan “A fome não é uma escolha”, as centrais sindicais insistem no apelo a todos os trabalhadores a não cederem perante ameaças e intimidações, e alertam todos a denunciarem qualquer um destes actos.

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