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BNA revela que baixou em 29% o número diário de ciberataques nos primeiros quatro meses de 2024

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O Banco Nacional de Angola (BNA) registou, nos primeiros quatro meses de 2024, menos 100 tentativas de ciberataques, perfazendo uma média diária de 250 (uma redução de 28,5%) contra os 350 verificados em 2023.

A informação foi avançada, nesta quarta-feira, 24, pelo governador do banco central, Manuel Tiago Dias, durante a abertura da 2.ª edição do ciclo de conferências do organismo, subordinada ao tema “A Cibersegurança no Sistema Financeiro Angolano”.

Segundo o governador, o sistema financeiro e os bancos são alvos preferenciais dos criminosos, havendo necessidade de melhorias constantes dos sistemas de cibersegurança de todas as instituições do sistema financeiro nacional.

“No âmbito do seu Plano Estratégico para o período 2023-2028, o Banco Nacional de Angola está a reforçar, sobremaneira, os pilares de cibersegurança da instituição, implementando processos e tecnologias inovadores, com recurso à inteligência artificial, ao qual se junta um forte investimento no seu quadro de especialistas, por forma a reforçar a confiança dos participantes no sector financeiro por si regulado e supervisionado”, destacou o governador do BNA.

No capítulo da regulação, acrescentou Manuel Tiago Dias, estão a ser concebidos instrumentos normativos que visam adequar a regulamentação vigente à dinâmica que o ambiente cibernético nacional e internacional impõe, impulsionando a troca de informação entre as instituições financeiras e não só, auxiliando no tratamento de incidentes cibernéticos, cujas motivações e impactos podem tocar na escala nacional.

Na sua apresentação, o subdirector do Departamento de Supervisão Bancária do BNA, Fernando Panzo, disse que o banco central já elaborou a estrutura de cibersegurança, que se encontra em fase de consultas com os parceiros das instituições bancárias, o Banco Mundial, para a sua publicação em Dezembro deste ano.

Em declarações aos jornalistas, o director do Departamento de Segurança Integrada do BNA disse que no encontro ficou identificada a necessidade de partilha de informações entre as instituições bancárias sobre os incidentes de cibersegurança, que em Angola têm maioritariamente origem externa, com casos também de tentativas de ataques internos.

António Neto realçou que foi igualmente debatido o impacto gerado pelos incidentes de ransomware, situações em que os ciber-criminosos, além de bloquearem a infra-estrutura bancária, exigem o pagamento de um resgate, em troca da entrega do código para voltar a ter acesso.

O responsável avançou ainda que o BNA tem informações, “embora não comprovadas”, de que, “efectivamente, pode estar a acontecer ‘por fora’ alguns pagamentos de resgate”.

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