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Sílvia Lutucuta diz que Covid-19 ajudou a melhorar hospitais, mas reconhece ter havido pouca atenção no tratamento de outras doenças

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A ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, assumiu, na semana passada, em Luanda, ter havido pouca atenção no atendimento de muitas doenças que foram ofuscadas pela pandemia da Covid-19, que no seu entender “ajudou Angola a melhorar as condições de saúde dos hospitais”.

A declaração foi feita durante a abertura da VI Reunião de Ministros de Saúde da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que teve a duração de dois dias (25 e 26) na capital angolana sob o lema “Recuperação pós-pandémica para vencer os desafios do futuro”.

No seu discurso, Sílvia Lutucuta, reconheceu que “apesar de a pandemia da Covid-19 ter provocado efeitos desastrosos na economia e na saúde, constituiu-se como uma oportunidade para a melhoria das infra-estruturas físicas, [para] o aumento dos recursos humanos capacitados, o reforço do papel dos institutos nacionais de saúde pública, [para] a vigilância epidemiológica e a educação em saúde da população”.

A então presidente do Grupo dos Ministros da Saúde da (CPLP) revelou que as medidas de controlo da Covid-19 levaram o seu ministério a reduzir a cobertura vacinal de algumas doenças importantes, potencialmente epidémicas, como a poliomielite e a febre-amarela.

“Verificámos igualmente algum retrocesso no controlo das doenças negligenciadas e na cobertura dos cuidados de saúde primários. Todos estes factores debilitaram os nossos sistemas de saúde, pelo que urge tornarmos esses sistemas mais resilientes, funcionais, responsáveis e inclusivos, baseados na comunidade e centrados nas pessoas, capazes de oferecerem qualidade na prestação dos serviços por profissionais competentes e comprometidos”, disse Sílvia Lutucuta.

A ministra angolana da Saúde defendeu a necessidade de se criar oportunidades de aprendizagem cruzada entre os países e de documentar experiências positivas que possam ser replicadas em diferentes latitudes, nomeadamente no quadro da nossa CPLP.

“Ficou claro que a pandemia da Covid-19 nos mostrou, também, que devemos fortalecer-nos mutuamente para respondermos com eficácia e eficiência às emergências de saúde pública e catástrofes naturais, que têm assolado todos os nossos Estados-membros.

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