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Ucrânia. Líder ortodoxo acusado de revelar à Rússia posições de forças de Kyiv

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Os serviços de segurança ucranianos acusaram hoje o líder ortodoxo do principal mosteiro do Leste da Ucrânia de ter revelado à Rússia posições das forças de Kyiv.

Os serviços de segurança afirmaram que o metropolita (arcebispo) do principal mosteiro de Sviatogirsk era suspeito de “informar” os russos sobre “as posições dos postos de controlo das forças armadas ucranianas” no distrito de Kramatorsk, na região de Donetsk.

O dirigente é acusado de ter mencionado publicamente os locais à sua congregação “durante uma liturgia”, segundo os serviços, sem especificar a data dos acontecimentos ou nomear explicitamente o metropolita Arseniy.

O líder ortodoxo arrisca até oito anos de prisão caso seja condenado por “transmitir informações sobre os movimentos ou a localização das forças armadas”.

Em causa está um mosteiro gerido pelo ramo da Igreja Ortodoxa Ucraniana, historicamente ligado a Moscovo, mas que em maio de 2022, proclamou a sua independência em resposta ao apoio do Patriarca russo Kirill à invasão russa.

Segundo os serviços ucranianos, o mosteiro vem propagando sentimentos separatistas há anos e transmitindo “mensagens favoráveis ao Kremlin”.

A região de Donetsk, que Moscovo afirma ter anexado e onde se situa o mosteiro, é uma das zonas onde os combates são particularmente violentos.

Na primavera de 2022, durante os primeiros meses da invasão russa da Ucrânia, o mosteiro de Sviatogirsk foi danificado por bombardeamentos russos.

LUSA

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