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Líder da UNITA acusa MPLA de querer obter vantagens por ser governo e de estar a fazer uma abordagem ilegal das eleições

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O presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, acusou, nesta segunda-feira, 6, o MPLA de estar a tirar vantagens sobre os seus mais directos adversários, por se encontrar no governo e estar a fazer uma abordagem ilegal do processo eleitoral, por isso, não ter moral para pedir elevação e ética a ninguém.

“Aqui temos um partido que quer ter vantagens, que procura vantagens por se encontrar no governo e que está a fazer uma abordagem ilegal do processo eleitoral. Não me parece que seja normal pedir elevação e ética e violar as leis. Esta ética tem de ser para nós todos”, disse ACJ, em declarações à imprensa.

Sobre a data da realização das próximas eleições, o líder da UNITA reconheceu que “está conforme com a lei”, mas questionou a falta de acesso à imprensa por parte dos integrantes do Conselho da República.

O “número um” da UNITA insistiu na igualdade de tratamento dos partidos políticos por parte da comunicação social publica. “É um escândalo a censura, é um escândalo vermos partidos políticos terem comícios transmitidos em directo [e] negados aos outros”, afirmou.

Adalberto Costa Júnior advogou “um processo eleitoral democrático, credível e que respeita as leis”, e voltou a pedir a publicação provisória das listas do registo eleitoral que ainda não aconteceu, e que, em princípio, não deverá acontecer, como aliás já fez saber o Ministério da Administração do Território (MAT).

Questionado sobre se se sentia visado nas palavras de João Lourenço, proferidas no passado sábado, 3, aquando do comício do presidente do MPLA, em Mbanza Congo, o líder do “Galo Negro” respondeu com ironia:

“Quem é que foi objecto de uma transmissão em directo do seu comício? Foi a UNITA?” A UNITA tem comícios transmitidos em directo pelos órgãos públicos? O presidente da UNITA já foi convidado para programas? Parece-me que há quem fale, mas não cumpre”.

Em ralação ao programa de governo da UNITA, Adalberto Costa Júnior frisou que nenhum partido ainda tornou público o conteúdo do seu programa de governação, pelo que irá fazê-lo nos próximos dias.

“O nosso programa está terminado, estamos agora no desafio das candidaturas e em uma ou duas semanas vamos começar a fazer este trabalho”, tranquilizou, assegurando que as propostas do seu partido para o futuro serão partilhadas através de um manifesto que “está muito rico”.

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