Manifestantes em Lisboa chamam João Lourenço de “ditador” e acusam Portugal de ser conivente
O Presidente João Lourenço foi, nesta quinta-feira, 25, em Lisboa, visado em dois actos de protesto, protagonizados por uma dezena e meia de angolanos que quiseram juntar o seu grito de revolta às comemorações do 25 de Abril, o Dia da Liberdade, comemorado por ocasião da queda do regime fascista português.
Munidos de vários cartazes e proferindo palavras de ordem, como “João Lourenço é ditador”, “Portugal é conivente”, “abaixo o regime ditador em Angola”, “João Lourenço, assassino do povo angolano”, “João Lourenço, corrupto”, os manifestantes posicionaram-se, durante pelo menos meia hora, pela manhã, defronte à Assembleia da República portuguesa, sem, no entanto, ter havido qualquer incidente com as forças de defesa e da ordem.
O srgundo acto de protesto contra o Presidente angolano ocorreu já para lá da hora do almoço, nas cercanias do Centro Cultural de Belém (CCB), na capital lisboeta, onde o chefe de Estado angolano, juntamente com outros estadistas dos Países Africano de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), haveria de discursar, a convite do Presidente português Marcelo Rebelo de Sousa.
Em Belém, os gritos de protesto contra o Presidente João Lourenço foram captados inclusive pelos microfones da Rádio e Televisão de Portugal (RTP), que chegou a aproximar-se dos manifestantes para captar exactamente as mesmas palavras de ordem que tinham sido proferidas na parte da manhã.
Tal como na manifestação da Assembleia da República, onde João Lourenço participou na sessão solene alusiva aos 50 Anos da Revolução de Abril, em Belém também não houve qualquer registo de incidentes com a Polícia de Segurança Pública (PSP), que se manteve sempre muito perto dos manifestantes.
