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Itália. Presidente dissolve Parlamento e haverá eleições no Outono

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O Presidente de Itália, Sergio Mattarella, dissolveu, esta quinta-feira, o Parlamento italiano. A decisão surge após o primeiro-ministro, Mario Draghi, ter apresentado a sua demissão na manhã do mesmo.

“É sempre a última escolha a ser feita, especialmente se, como neste momento, houver obrigações importantes perante o Parlamento a serem concluídas”, afirmou o chefe de Estado, citado pela imprensa italiana.

Em conferência de imprensa, o Presidente italiano agradeceu a Mario Draghi e aos seus ministros “pelo seu empenho nestes 18 meses” e lembrou que “o governo encontra limitações na sua actividade, mas tem as ferramentas para actuar nestes meses antes da chegada do novo executivo”.

Mario Draghi assumiu a liderança de Itália em Fevereiro de 2021, na sequência de um convite para formar um governo de emergência. Draghi substituiu Giuseppe Conte, que se demitiu após o partido de Matteo Renzi, Italia Viva, ter abandonado o acordo de coligação que tinha com o governo, juntamente com o Movimento 5 Estrelas.

Os líderes do Senado e da Câmara dos Deputados, Maria Elisabetta Alberti Casellati e Roberto Fico, respectivamente, deslocaram-se esta quinta-feira à tarde ao Palácio do Quirinal (em Roma), a sede da Presidência italiana, para marcar o início do processo da dissolução antecipada das duas câmaras do Parlamento, como previsto no artigo 88.º da Constituição italiana.

Mattarella deu assim por concluída a actual legislatura, que deveria terminar em Março de 2023, depois de Draghi ter apresentado a sua demissão (duas vezes num espaço de uma semana) após ter perdido o apoio de alguns partidos que integravam a actual coligação governamental.

As eleições devem ser realizadas num prazo de 70 dias após a dissolução do Parlamento, o que significa que o escrutínio poderá ser agendado para 18 ou 25 de Setembro.

LUSA

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