Grupo Ngau-Moyo apresenta no Memorial António Agostinho Neto espectáculo teatral inspirado no poema ‘Havemos de Voltar’
O grupo teatral Ngau-Moyo exibe, no próximo dia 27 de Janeiro, no Memorial Dr.º António Agostinho Neto (MAAN), o espectáculo ‘Havemos de Voltar’, inspirado no livro de poemas ‘Sagrada Esperança’, do poeta-maior.
O espectáculo, encenado e dirigido pela actriz Ngau Afonsina Domingas, incorporando música, dança e outros atractivos, foi criado e estreado na província do Huambo, a 17 de Setembro do ano passado, na Biblioteca Provincial do Huambo.
‘Havemos de voltar’ é um texto poético inspirado na saudade pelas coisas angolanas, como as casas, as paisagens, as tradições e festas como o carnaval, os ritmos da terra. O poema, que reproduz esse sentimento de pertença, tem como destinatário todos os seus compatriotas do poeta, que também têm esperança de regressar à sua pátria, ao seu país depois da independência.
Com este espectáculo teatral, Ngau Afonsina Domingas almeja lembrar a necessidade de o povo angolano voltar às suas origens e preservar os seus hábitos e costumes, as suas tradições e a cultura africana, e assim apagar todos os ‘estereótipos’ que o vinculam aos conceitos impostos pelo colonizador.
O espectáculo é um convite que a autora faz, baseado na recuperação de rituais que representam as marcas da identidade, fundadas na oralidade, na dança, e no próprio sentimento de pertença à pátria e à nação.
Ngau Afonsina Domingas anseia poder participar em festivais internacionais e fazer uma tournée pela diáspora angolana pelo mundo.
“Seria bom ver um espectáculo dos poemas de Dr.º António Agostinho Neto criado em Angola com a companhia de teatro angolana a ser exibido nas várias comunidades angolanas”, disse a actriz ao portal !STO É NOTÍCIA.
A Ngau-Moyo, Lda, Arte e Cultura está sediada em Caxito, na província do Bengo, estando, desde 2021, a formar artistas nas oficinas de teatro e dança, um projecto que desenvolve em colaboração com a Direcção Provincial da Cultura do Huambo e o Projecto Cultural Kwata Peka da Caála.
