Cidadã queima o rosto da sobrinha de 13 anos com óleo de cozinha em Luanda
Uma cidadã, cuja identificada não foi revelada, acabou detida pela Polícia Nacional (PN), em Luanda, acusada de ter queimado o rosto da sobrinha de 13 anos com óleo quente de cozinha, avançou a informação a porta-voz do Instituto Nacional da Criança (INAC), Rosalina Domingos.
A responsável, que relatou queimaduras que provocaram lesões graves no rosto e nas mãos da menor, contou que a prática tem sido recorrente, estando a acusada detida e a responder pelo crime de agressão física e maus-tratos.
O relatório do INAC do período de 24 de Fevereiro a 4 de Março reporta ainda vários casos de violência sexual a crianças, entre os quais, o de um padrasto que abusava da enteada.
Segundo Rosalina Domingos, 240 denúncias foram registadas em todo o país, tendo Luanda liderado a lista com mais registos de episódios de violência contra crianças, seguida da província de Benguela.
Do total de denúncias, 63 casos ocorreram na capital do país, ao passo que 34 tiveram lugar em Benguela. As restantes 143 foram subdivididas entre as províncias do Cunene, Kwanza-Norte, Namibe, Uíge e Zaire.
No seu último relatório, a direcção do INAC apontou os casos de violência física como os de maior incidência do período em análise, com um total de 93 queixas, seguido da fuga à paternidade, com mais de 65 ocorrências.
Foram ainda registados 19 casos de exploração de trabalho infantil e 15 relativos a queixas de abuso sexual, ocorridos nas diferentes províncias de Angola.
No município de Viana, por exemplo, duas crianças de seis e nove anos sofriam agressões físicas praticadas pelo pai, que também abusava delas sexualmente, tendo o caso sido encaminhado para o serviço provincial do INAC.
