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BFA vai intermediar a privatização dos 51% que o Estado detém na Sonagalp

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O Banco de Fomento Angola (BFA) é a instituição contratada para intermediar a privatização da participação do Estado na Sonangalp (51%), detida pela Sonangol Holdings, conforme previsto no Programa de Privatizações (PROPRIV), avançou, nesta segunda-feira, 15, o Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE).

Segundo uma publicação no site do IGAPE, o BFA foi contratado no âmbito de um concurso limitado por convite para a aquisição de serviços de distribuição de valores mobiliários, em cumprimento das indicações do Decreto Presidencial n.º 250/19, que cria o PROPRIV.

“A Sonangalp será privatizada por via de uma Oferta Pública Inicial (OPI), antecedida de um processo de reorganização societária, patrimonial e financeira, due diligence, e avaliação da empresa, nos termos da Lei de Bases das Privatizações”, esclarece o IGAPE, salientado que “apenas as instituições que cumprem os requisitos para operações em mercados regulamentados foram previamente qualificadas e convidadas para o referido concurso”.

De acordo com o instituto responsável pela privatização dos activos do Estado, durante a execução do contrato, o BFA irá actuar em parceria com a Ernst & Young (EY), a CKA & Associados e a Linklaters, cuja responsabilidade será a de apoiar a Sonangalp, Lda na estruturação, avaliação, divulgação, identificação de investidores e venda das acções da Sonangalp, reforçando que os custos do contrato serão financiados com o resultado da venda.

“A selecção do Banco de Fomento Angola como intermediário financeiro teve em consideração o facto de ser um dos bancos estruturantes do sistema financeiro angolano, sólido e com vasta experiência em banca de investimento, com destaque para os processos de vendas, fusões e aquisições (M&A)”, justifica o IGAPE.

Para o Instituto, o BFA apresenta uma equipa forte (EY), com ampla experiência demonstrada na organização e preparação de OPI em outros mercados, com experiência nas múltiplas áreas de intervenção.

Por outro lado, a instituição do Estado adianta que o banco irá trabalhar com uma firma de advogados local — CKA —, em parceria com uma das mais reputadas firmas a nível mundial (Linklaters), com ampla experiência conjunta de trabalho em Angola.

A Sonangalp Lda, cuja privatização deverá acontecer no final do segundo trimestre de 2022, é detida maioritariamente pelo Estado (51%), através da Sonangol Holdings, e os restantes 49% pela portuguesa Galp Energia.

Conta com cerca de 250 trabalhadores e 11 postos de abastecimento espalhados pelo país e uma base logística, contendo uma carteira de clientes que chega aos 300, com destaque para os sectores da indústria, construção e transportes.

Bernardo Pires

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