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Aline Frazão lança nova obra discográfica em Março com dois espectáculos em Portugal

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A cantora e activista angolana Aline Frazão lança, no próximo dia 4 de Março, o seu quinto álbum de originais intitulado ‘Uma música angolana’, com o qual viaja por “vários ritmos de matriz africana”, marcando assim o regresso à cena artístico-musical.

O álbum, que será apresentado em Lisboa, em dois concertos agendados para os dias 26 de Março e 20 de Abril, no Auditório de Espinho e no Teatro Maria Matos, revela uma outra faceta da cantora relacionada com as habilidades em patinagem artística e a dança, como é visível no videoclipe daquela que é a primeira faixa musical denominado ‘Luísa’.

“Não vou vos mentir: há muitos anos que queria dançar num videoclipe, tal como os patins. Não vou vos mentir também que a parte dos patins foi mais difícil, tive que reaprender em tempo recorde. Quando era adolescente tive patins de quatro rodas e patins em linha. Era essencialmente no corredor do prédio que praticava as quedas e os truques básicos”, escreveu recentemente a artista nas suas redes sociais.

O single ‘Luísa’ é uma amostra daquilo que se pode esperar do álbum ‘Uma Música Angolana’, dedicado a todas as mulheres do mundo que “não se escondem mais, aquelas que não desistem mais, aquelas que não deixarão de usar a sua voz”. A faixa é considerada pela artista como um hino “à liberdade”.

O álbum é constituído por ritmos africanos como a massemba e o kilapanga de Angola, o batuku de Cabo Verde, o soukous, da RDC, o afoxé e o maracatu, do Brasil, e conta com a participação do cantor angolano Nástio Mosquito e o brasileiro Vítor Santana.

Aline Frazão é um dos nomes mais sonantes da nova geração de músicos angolanos. Cantora, compositora, guitarrista e produtora, nasceu e cresceu em Luanda, onde vive actualmente. A cantora é definida pela crítica como sendo detentora de uma “voz doce e poética que contrasta com o carácter interventivo e político da sua música”.

Além dos cinco álbuns de originais editados, a cantora fez parte do painel de cronistas do jornal Rede Angola durante dois anos. Foi também a autora da banda sonora da longa-metragem de ficção angolana ‘Ar Condicionado’, produzido pela Geração 80, e faz parte do grupo de coordenação do colectivo de mulheres feministas angolanas Ondjango Feminista.

Irinea Lukombo

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