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UNITA descarta intervenção na aquisição de viaturas para os deputados e acusa regime de querer desviar as atenções do país

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O Grupo Parlamentar da UNITA (GPU) negou, em comunicado, ter alguma responsabilidade no processo de selecção e compra de bens adquiridos pelo Parlamento, mormente de viaturas destinadas aos deputados à Assembleia Nacional, um tema que está no centro de um aceso debate nas redes sociais e que tem custado caro ao maior partido na oposição na última semana.

Num comunicado, datado de 6 de Janeiro, o GPU esclarece que a lei confere aos deputados à Assembleia Nacional o direito ao usufruto de uma viatura protocolar e outra de uso pessoal para se deslocarem e servir os cidadãos no decurso do mandato, não sendo estes mesmos bens propriedade dos deputados, “como se propala”, mas, sim, do Parlamento.

“O Grupo Parlamentar da UNITA nada tem a ver com o processo de selecção ou compra dos bens que constituem o património da Assembleia Nacional, porque não tem qualquer responsabilidade na execução do orçamento da unidade orçamental Assembleia Nacional”, assinala o partido.

Em ‘contra-ofensiva’, o GPU atira-se contra aquilo que chama de “desinformação” e “especulações”, que “visam unicamente desviar a atenção dos angolanos das questões relevantes de interesse nacional”.

Na lista destes assuntos, a UNITA inclui aquilo que classifica como “atentados graves à Constituição perpetrados pelo Presidente da República, a insustentabilidade da Dívida Pública e a  corrupção, assim como anular as fortes críticas que o público em geral está a dirigir ao Sr. Presidente da República pelo escândalo das suas férias nas Ilhas Seychelles, em desconformidade com a realidade da pobreza e de um Orçamento Geral do Estado deficitário”.

O maior partido na oposição sugere que as informações sobre o processo de aquisição e distribuição das viaturas devem ser solicitadas ao Conselho de Administração da Assembleia Nacional, que, segundo a UNITA, procedeu à entrega das viaturas na primeira semana de Dezembro de 2023.

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