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Uganda. Líder da oposição pede que UE e EUA parem de financiar governo

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O deputado e líder da oposição ugandês, Robert Kyagulanyi, instou hoje a União Europeia (UE) e os Estados Unidos a pararem o financiamento ao governo do Movimento de Resistência Nacional (NRM) e ao Presidente do país, Yoweri Museveni.

Robert Kyagulanyi, mais conhecido por Bobi Wine, referiu que o governo ugandês está a usar fundos estrangeiros para “exercer repressão e violência” contra a população local, noticiou o jornal ugandês Daily Monitor, citado pela agência Europa Press.

“Esta é uma mensagem para a UE e para os americanos. Não estamos a pedir que expulsem o ditador [Museveni], mas que deixem de o apoiar através de financiamento”, declarou Bobi Wine, num comício do seu partido, a Plataforma de Unidade Nacional (NUP), na cidade de Mbale, no leste do país.

Wine disse ser “tempo de acabar com os fantoches do neo-colonialismo” e acusou o próprio Museveni de “transformar a população em escravos na sua própria terra”.

O líder da oposição afirmou que a sua digressão pelo país não era uma campanha eleitoral, mas sim um apelo aos ugandeses para que se “levantem” contra Museveni, que está no poder desde 1986.

Segundo afirmou, as forças de segurança não o prenderam ainda porque “temem uma reacção da comunidade internacional”.

“Da última vez que fiz isto, era impossível. As pessoas deviam perguntar a si próprias por que razão não estamos a ser detidos e sujeitos a gás lacrimogéneo”, afirmou.

O opositor pediu que a mudança seja implementada no país através de uma transição de governo pacífica, “sem derramamento de sangue”.

Além da ajuda ao desenvolvimento a longo prazo, a UE dá assistência humanitária ao Uganda através da Direção-Geral da Protecção Civil e da Ajuda Humanitária, sendo que, em 2022, entregou cerca de 34 milhões de euros de ajuda humanitária ao país.

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