Isto É Notícia

Isabel dos Santos, billionaire and former chairman of Sonangol Holding-Sociedade Nacional de Combustiveis de Angola EP, attends the inauguration of Efacec Power Solutions SA’s new electric mobility industrial unit in Maia, Portugal, on Monday, Feb. 5, 2018. The industrial unit will allow to increase the annual production capacity of high power fast loaders for electric vehicles. Photographer: Daniel Rodgrigues/Bloomberg via Getty Images

Tribunal britânico acolhe pedido do governo angolano contra Isabel dos Santos e congela 734 milhões USD da empresária

Partilhar conteúdo

O juiz Robert Bright, afecto a um tribunal comercial britânico, decidiu, nesta quarta-feira, 20, pelo congelamento de cerca de 580 milhões de libras (734 milhões de dólares norte-americanos) controlados pela empresária angolana Isabel dos Santos, no âmbito do processo movido pelo Estado angolano contra a Unitel International Holdings.

“Não vejo uma base óbvia pela qual os activos de Isabel dos Santos devam ser protegidos nesta jurisdição; parece haver um argumento óbvio a favor de um congelamento mundial dos seus bens”, argumentou o juiz Robert Bright na decisão publicada pelo Supremo Tribunal Comercial britânico.

Em causa está o processo movido pela Unitel, agora controlada pelo governo angolano — contra a Unitel International Holdings BV, com sede nos Países Baixos (Holanda), e contra a empresária Isabel dos Santos — que pretendia o congelamento de 580 milhões de libras, o equivalente a 734 milhões de dólares norte-americanos ao câmbio de hoje.

Na decisão, citada pela Lusa, o juiz britânico afirma que é “altamente desejável que Isabel dos Santos seja obrigada a declarar os seus activos, em circunstâncias em que a Unitel não sabe quais, se alguns activos são detidos por ela e não estão cobertos pelas ordens de arresto ou congelamento que já estão em vigor”.

Assim, conclui o juiz, não aceitou “o princípio de que as outras ordens de congelamento de bens significam que não é justo nem conveniente para este tribunal decidir por mais uma ordem”, como defendido pela empresária, que se diz vítima de uma “campanha opressiva”.

A decisão do tribunal londrino surge na sequência de um conjunto de acções movidas pelo Estado angolano e por empresas públicas e privadas contra a empresária desde que João Lourenço tomou posse como Presidente da República, em 2017, e que incluíram também outros membros da família do ex-Presidente José Eduardo dos Santos.

ISTO É NOTÍCIA

Artigos Relacionados