OGE2023. Governo investe cada vez menos na manutenção das infra-estruturas desportivas
O governo, através da Proposta de Lei do Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2023, aprovada nesta segunda-feira, 16, pelo Parlamento, reduziu em mais de 100% as verbas destinadas às despesas de manutenção das infra-estruturas desportivas no país.
Contrariamente ao ano de 2022, no OGE para 2023, o executivo, através do Ministério da Juventude e Desportos (MINJUD), prevê gastar ‘apenas’ cerca de 400 milhões de kwanzas na manutenção dos estádios 11 de Novembro (Luanda), Tundavala (Huíla), Chiazi (Cabinda) e de pavilhões multiusos; um valor que reflecte um corte superior a 100%, se comparado com os 880 milhões kz destinados para as mesmas despesas no OGE para 2022.
Por exemplo, para a manutenção do estádio nacional 11 de Novembro, o maior palco futebolístico do país, a proposta de OGE para 2023 reserva 100 milhões de kwanzas, contrariamente aos 232.5 milhões kz do OGE 2022. Já para o da Tundavala, é destinado igualmente 100 milhões kz (contra os 212.5 milhões kz do OGE 2022). O mesmo valor é destinado à manutenção do estádio do Chiazi.
O estádio nacional de Ombaka, outra infra-estrutura desportiva de grande porte — erguida na província de Benguela, para acolher o Campeonato Africano das Nações (CAN) em 2010 — mais uma vez ficou de fora do orçamento. Desde 2021 que o OGE não reporta os valores destinados à manutenção daquele importante estádio da ‘terra das acácias rubras’.
Quanto à manutenção dos quatro pavilhões multiusos, de Luanda, no Kilamba, Palanca Negra (Malanje), Acácias Rubras (Benguela) e Welwitschia Mirabilis (Namibe), o governo prevê gastar, de forma geral, 100 milhões de kwanzas (25 milhões kz para cada), contrariamente aos 222.5 milhões kz, levados em conta no OGE para 2022.
