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Marcy Lopes já admite que os 14 milhões de eleitores anunciados podem ser menos ou mais até às ‘contas finais’

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O ministro da Administração do Território e Reforma do Estado (MAT), Marcy Lopes, admitiu, nesta terça-feira, 10, durante o segundo encontro nacional sobre o processo de registo eleitoral, que o número constante no Ficheiro Informático de Cidadãos Maiores (FICM) por ele avançado no passado dia 27 de Abril — de 14 milhões de eleitores — pode vir a sofrer um decréscimo, como igualmente observar um crescimento, dependendo da actualização que está a ser feita, com a chegada dos dados obtidos de operações de registo efectuadas em zonas recônditas do país.

“Nós apresentámos um Ficheiro Informático dos Cidadãos Maiores provisório à Comissão Nacional Eleitoral (CNE) e este ficheiro contém o global de cidadãos registados até ao momento — de 14 milhões. Como referi, este número deverá decrescer ou poderá aumentar em função de toda a informação que nós recebemos dos operadores que estiveram a fazer as suas operações de registo em lugares recônditos do nosso país”, afirmou o ministro Marcy Lopes, em declarações à imprensa.

O ‘desfasamento’ dos dados do referido ficheiro deveu-se, de acordo com Marcy Lopes, ao facto de alguns operadores terem estado a trabalhar em regime de off-line, sendo que só agora, que regressam às sedes dos municípios, é que é possível “pegar toda a informação que eles têm nos aparelhos e verificar estes dados para efeitos de validação”.

Entretanto, estas declarações de Marcy Lopes colidem, parcialmente, com as anteriores feitas por ocasião da realização da 4.ª Reunião do Conselho de Ministros, a 27 de Abril, quando alertou para o facto de se vir a registar uma “redução significativa do número de eleitores” na base de dados provisórios, tão-logo fosse concluído, junto do Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos, o processo de depuração dos cidadãos mortos nela inseridos e daqueles em conflitos com a lei cujas sentenças já tenham transitado em julgado.

“São dados provisórios, porque nós estamos ainda em fase de tratamento da própria base de dados. Temos uma produção global de, aproximadamente, 14 milhões de registos. Este número sofrerá uma redução significativa, quando fizermos a depuração da base com a retirada dos falecidos, que se estima em número muito elevado”, assinalou, na altura, sem nunca ter apontado o aumento do número de cidadãos registados.

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