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Isabel dos Santos e Sindika Dokolo comercializavam 40% dos diamantes produzidos em Angola, revela JLo

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O Presidente da República, João Lourenço, revelou, nesta quinta-feira, 9, em Luanda, que 40% dos diamantes produzidos em Angola eram comercializados por um casal, referindo-se à empresária Isabel dos Santos e seu falecido marido Sindika Dokolo.

“Quarenta por cento dos diamantes produzidos em Angola era apenas um casal que comercializava lá fora. Mas outros familiares do casal, no seu conjunto, no quadro daquilo a que chamavam de ‘clientes privilegiados’, comercializavam 60% da produção de diamantes de Angola”, afirmou João Lourenço durante a entrevista colectiva concedida a 12 órgãos de comunicação social, dos quais apenas um internacional, no caso a Lusa.

João Lourenço acusou Isabel dos Santos e seus familiares de obrigarem a Sociedade de Comercialização de Diamantes de Angola (Sodiam) a recorrer a créditos dos bancos para fins de interesses particulares.

“Outros familiares do casal, ainda tiveram o desplante de obrigar a Sodiam a fazer um crédito bancário a favor deles, no mesmo banco do beneficiário do empréstimo bancário. A prova de que é verdade é o facto de o Estado estar a ganhar as causas nos tribunais internacionais. Nós tínhamos que pôr fim a esta festa”, sublinhou João Lourenço.

O mais alto mandatário da nação afirmou ainda que o seu governo está a trazer de volta para Angola os principais investidores mundiais do sector diamantífero, citando como exemplo a empresa anglo-americana De Beers, e outras empresas de mineração, internacionalmente conceituadas.

“Dos 40% que a Sodiam recebe dos produtores de diamantes, 20% vão para as indústrias de lapidação espalhadas pelo país. Temos várias indústrias de lapidação. Em 2017 tínhamos duas em Luanda, hoje temos cerca de dez”, enfatizou.

A conferência de imprensa teve lugar no Palácio Presidencial, na Cidade Alta, e contou com a presença de jornalistas afectos aos órgãos como o Jornal de Angola, Rádio Nacional de Angola, Televisão Pública de Angola, ANGOP, Rádio LAC, TV Zimbo, Novo Jornal, O País, Rádio Ecclesia, MFM, o Semanário Expansão e a agência portuguesa de notícias Lusa.

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