Guiné-Bissau. Sociedade civil considera precipitada a dissolução do Parlamento
A Rede Oeste Africana para Edificação de Paz na Guiné-Bissau (WANEP-GB) diz que é “precipitada” a decisão do Presidente da República de dissolver o Parlamento.
Denise dos Santos Indeque, coordenadora daquela organização, considera que não houve uma leitura ponderada sobre o contexto político por parte de Umaro Sissoco Embaló, quando alega “a grave crise política” que põe em causa “o normal funcionamento das instituições”.
Por seu turno, o Fórum de Paz diz que o actual momento político pode comprometer todos os esforços feitos até aqui, tendo o coordenador José Carlos Lopes Correia sugerido maior cooperação entre as instituições da República para salvaguardar a vontade do povo guineense.
O Presidente Umaro Sissoco Embaló afirmou, nesta segunda-feira, 4, que perdeu a confiança na Assembleia Nacional Popular e anunciou a dissolução do Parlamento da Guiné-Bissau. Para o chefe de Estado guineense, os deputados não aprenderam com o passado pelo que chegou o momento de devolver a palavra à população:
“A décima legislatura converteu a Assembleia Nacional Popular num espaço de guerrilha política, de conspiração. De maneira persistente, muitos deputados têm conjugado seus esforços com vista a fragilizar as instituições da República em vez de tudo fazerem para as fortalecer.”
Após o anúncio, Sissoco Embaló reconduziu o primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabiam, no cargo.
As legislativas ficaram marcadas para o próximo dia 18 de Dezembro.