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Governo assina acordo com gigante chinesa para construção da refinaria do Lobito. Obra está avaliada em 6 mil milhões USD e será concluída em quatro anos

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O governo, por intermédio da petrolífera estatal Sonangol, assinou, nesta sexta-feira, 20, com a empresa chinesa China National Chemical Engineering (CNCEC), um contrato de construção da Refinaria do Lobito, em Benguela, num valor global de seis mil milhões de dólares norte-americanos.

Inicialmente concebido com um montante global de 12 mil milhões de dólares norte-americanos, o projecto de construção da refinaria do Lobito teve uma redução expressiva de investimento de 50%, e deverá ser executado em 40 meses (quase 4 anos).

O aludido projecto, cuja fase de preparação decorreu entre 2012 e 2016, e uma optimização no período entre 2018 e 2021, arranca já este ano.

O serviço de supervisão da referida construção estará ao cargo da empresa norte-americana KBR, ao passo que para os serviços de consultoria e suporte técnico à empresa angolana DAR.

Em declarações à imprensa, o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, disse que a Refinaria, com uma capacidade de processamento de 200 mil barris diários, é um projecto estratégico para o país e para a região.

O ministro angolano frisou que, apesar da conjuntura mundial, o governo angolano está decidido a realizar o projecto, pela sua importância para a economia do país e para a diversificação económica.

Diamantino Azevedo destacou que foram revistos os estudos do ponto de vista técnico e económicos, conseguindo-se “uma redução significativa”.

“Temos em princípio agora um custo estabelecido a rondar os seis mil milhões de dólares para a construção do projeto”, salientou.

Em relação à participação da República da Zâmbia, que manifestou também interesse em participar deste projecto, o titular da pasta dos Recursos Minerais avançou que continuam as discussões com o governo daquele país “para ver se efectivamente a manifestação de interesse se concretiza”.

Por sua vez, o presidente do Conselho de Administração da Sonangol, Sebastião Martins, lembrou que o projecto é de elevada prioridade estratégica, porque garantirá a Angola auto-suficiência em termos de produtos refinados.

“Para a Sonangol, trata-se de um projecto de elevada prioridade estratégica, na medida em que vamos melhorar o fornecimento de combustíveis ao país e alcançar a nossa auto-suficiência em produtos refinados”, referiu.

Por seu turno, o presidente da CNCEC, Weng Gang, igualmente em declarações à imprensa, prometeu o cumprimento dos prazos de realização das obras, tendo garantido que este projecto contribuirá fortemente para que Angola se torne num país industrializado.

“O projecto da refinaria do Lobito é um projecto de extrema importância para a nação angolana, por ser o maior de refinação em Angola. Por isso, é um elemento indispensável na estratégia de desenvolvimento de toda a cadeia de indústria petroquímica no país”, afirmou.

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