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Governador de Luanda faz ‘varredura’ no Hospital Geral de Luanda após conclusão de inquérito à morte de paciente

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O governador da província de Luanda, Manuel Homem, afastou, nesta quarta-feira, 4, toda a equipa directiva do Hospital Geral da capital do país, na sequência do inquérito à polémica morte de uma paciente de 42 anos idade, em Dezembro passado, por alegada “negligência”.

A queda do corpo directivo foi confirmada com a publicação de um despacho de exoneração e nomeação, que anunciava a indicação de Francisco Adolfo Manuel Quinto, como sendo o novo timoneiro da equipa que vai agora responder pela administração do Hospital Geral de Luanda.

São também parte integrante da nova direcção: Magalhães da Silva Baião Sobrinho, indicado para exercer o cargo de director clínico; Paula Tomás Katuco, nomeada para o cargo de directora de Enfermagem; José Luís Janota, que irá responder pela pasta de director Pedagógico e Científico; bem como Tresor Bongo Gomes Tiago, que irá exercer a função de director administrativo da referida unidade hospitalar.

A ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, disse, em Dezembro último, que os profissionais culpados pela morte da referida cidadã haveriam de ser responsabilizados disciplinar e criminalmente, caso fosse apurado durante a fase de inquérito que houve negligência.

“Seremos implacáveis e vamos tomar as medidas que se impõem. Queremos profissionais na saúde que prestem serviços humanizados”, prometeu a ministra da Saúde, em declarações à imprensa, aquando da realização do 31.º Conselho Consultivo do seu pelouro, que decorreu na província do Zaire.

Na ocasião, Sílvia Lutucuta disse que “não se pode ficar impávidos diante desta situação, por isso, foi criada uma comissão de inquérito com o Ministério da Saúde e o Governo Provincial de Luanda, que tem a tutela administrativa e financeira do Hospital Geral de Luanda, para averiguar as circunstâncias da morte da paciente”.

A malograda, de 42 anos, de Angélica Morais, havia dado entrada nas urgências, transferida de outra unidade de saúde, com antecedentes de hipertensão arterial, com um quadro clínico grave, descrito como uma doença cérebro-vascular em fase aguda. A paciente acabou por falecer minutos depois.

Os últimos instantes de Angélica Morais foram captado pelo próprio filho, que, desesperado, clamava por socorro da equipa médica do Hospital Geral de Luanda. Pedido este que teria sido atendido largos minutos depois deste ter começado a filmar o estado de abandono a que esteve votado a sua falecida mãe.

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