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Continuam os actos de intimidação contra o secretário-geral do Sindicato dos Professores do Ensino Superior

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A residência do secretário-geral do Sindicato Nacional dos Professores do Ensino Superior, Eduardo Peres Alberto, voltou, na segunda-feira, 15, a ser alvo de actos de vandalismo, protagonizados por elementos até aqui não identificados.

Trata-se do quarto ataque directo à residência do docente, localizada na centralidade do Zango 8000, tendo sido dirigido ao quarto da filha primogénita, a mesma que há três semanas sofreu um atentando com um gás tóxico desconhecido.

“As 20h05, a minha casa acabou por ser novamente vandalizada por elementos desconhecidos e o caso foi comunicado imediatamente à polícia, pois a minha filha, que ainda está com a saúde débil, encontrava-se a descansar no referido quarto”, contou o sindicalista à imprensa.

“A própria polícia acabou de testemunhar e persiste o silêncio das forças de defesa e segurança em apresentar os meliantes e também os objectos usados para a vandalização da minha casa”, denunciou Eduardo Peres Alberto.

O sindicalista entende que estes actos são uma prova clara da falta de segurança e protecção à pessoa humana, pois não compreende que num estado independente, de direito, soberano e democrático, ainda existam esse tipo de práticas, tendo sempre como exigências nas mensagens o levantamento da greve dos professores do ensino superior.

“A greve não depende de mim e muito menos da equipa negocial. Portanto, as deliberações da assembleia geral de 5 de Maio de 2023 devem vincar para o cumprimento do estado de direito em Angola”, afirmou.

Recorda-se que situações de ameaças ao sindicalista remontam a 28 de Março, quando Eduardo Peres Alberto recebeu uma mensagem com o seguinte conteúdo: “Estás a ir longe de mais com esta greve. Depois não diz que não foste avisado”.

Para a primeira filha do visado foi enviada uma outra, com o seguinte conteúdo: “Avisa o teu pai e o seu grupo do sindicato que nós vamos matar”.

Há pouco menos de três semanas, Eduardo Peres denunciou aquilo que, para si, constitui uma alegada tentativa de assassinato da sua filha primogénita.

Tudo aconteceu quando a mesma se dirigia a uma farmácia e foi surpreendida por dois elementos desconhecidos, que seguiam numa motoriza, acabando esta por ser intoxicada com um gás desconhecido, que lhe provocou fortes sangramentos nasais, tendo sido socorrida numa unidade hospitalar.

A greve dos professores do ensino superior já dura há quase três meses e poderá ser interrompida no dia 21 de Maio.

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