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China em “alerta máximo” após passagem de navios ao largo de Taiwan

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As tropas chinesas estão “constantemente em alerta máximo” depois de dois navios americanos e canadianos terem passado pelo Estreito de Taiwan, disse este sábado, 9, um porta-voz militar da China.

“O Comando do Teatro Leste do Exército de Libertação do Povo Chinês organizou forças navais e aéreas para seguirem toda a sua rota e permanecerem em alerta de acordo com as leis e regulamentos”, disse o coronel-chefe Shi Yi.

Num comunicado, Shi Yi referiu que “as tropas no teatro de operações permanecem em alerta máximo constante e protegerão resolutamente a soberania e a segurança nacionais, bem como a paz e a estabilidade regionais”.

Os dois navios — identificados apenas no comunicado como ‘Johnson’ dos Estados Unidos e ‘Ottawa’ do Canadá — “exibiram visivelmente” a sua passagem pela zona, indicou o porta-voz militar chinês.

Taiwan vive sob a constante ameaça de uma invasão por parte da China, que considera a ilha como uma das suas províncias que quer devolver à sua pátria, se necessário pela força, mesmo que diga ser favorável a uma via pacífica.

Washington reconhece Pequim desde 1979, mas continua a ser o aliado mais forte de Taiwan e apoia o direito da ilha de decidir o seu próprio futuro.

Os Estados Unidos e os seus aliados ocidentais intensificaram as chamadas passagens de “liberdade de navegação” de navios de guerra através do Estreito de Taiwan e do Mar da China Meridional, para reforçar que os dois são vias navegáveis internacionais, irritando Pequim.

O Estreito de Taiwan, com apenas 130 quilómetros no ponto mais próximo entra a ilha e o continente chinês, é o principal ponto de passagem das mercadorias da região para os mercados mundiais.

China e Taiwan são governadas separadamente desde o fim da guerra civil chinesa, em 1949, mas Pequim considera a ilha democrática como uma das suas províncias.

A ilha, actualmente com 23 milhões de habitantes, vive autonomamente desde então, e a China ameaça tomá-la pela força se declarar a independência, o que consideraria uma quebra da situação nas últimas décadas.

LUSA

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