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Angola encaixou mais de 40 mil milhões USD com a exportação de 395 milhões de barris de petróleo em 2022

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Com a exportação de 395 milhões 992 mil e 333 barris de petróleo bruto, a um preço médio de USD 101,772/barril, durante o ano económico de 2022, Angola conseguiu obter uma receita total de 40 mil milhões 300 milhões 991 mil e 588 dólares norte-americanos, revela o ‘Relatório do Sector dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás 2022’.

A quantidade de crude exportada no período em referência superou a de 2021, quando se registou um volume exportado de 394,22 milhões de barris de petróleo bruto, tendo resultado numa receita de 24,5 mil milhões de dólares norte-americanos, ou seja, menos 15 mil milhões USD.

O maior volume das exportações realizadas em 2022, como sempre, teve como destino a China, que importou 53,79% do total produzido, seguida da Índia, com 9,44%, enquanto a Holanda comprou 5,11% do crude angolano.

No mesmo período, avança o documento, a África do Sul foi o único país africano que importou petróleo bruto angolano, com um volume de importação correspondente a 0,75% do total.

Quanto às exportações das ramas angolanas, feitas para cerca de 21 países do mundo, o relatório ministerial atesta que estas aumentaram em cerca de 0,50% em relação às realizadas no ano 2021, devido, fundamentalmente, ao levantamento de algumas medidas relativas à pandemia da Covid-19 e ao aumento do volume da produção do crude.

Entretanto, das 18 companhias petrolíferas a exportarem o crude angolano, durante o ano em análise, o destaque recaiu para a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG), com um volume de 100 milhões 937 mil e 783 barris (25,49%), seguida da Sonangol, com 59 milhões 368 mil e 332 barris (14,99%), enquanto a Total Energies somou 54 milhões 683 mil e 952 barris (13,81%).

Na mesma sequência, surgem a petrolífera Esso, com 36 milhões 139 mil e oito barris exportados (9,13%); a BP, com 31 milhões 503 mil e 771 (7,96%); a SSI, com 28 milhões 124 mil 561 (7,10%); a ENI, com 28 milhões 11 mil e 206 (7,07%); e a Equinor, com 25 milhões 67 mil e 992 (6,33%).

No período em referência, o país registou uma produção total de 414 milhões 899 mil e 452 barris de petróleo bruto, numa média diária de um milhão 136 mil e 711 barris.

Comparativamente ao período homólogo (2021), a produção média diária de 2022 representou um acréscimo de 1,19%.

No entanto, a média diária da produção petrolífera em 2022 representou uma redução de 0,98%, em relação ao projectado em Julho de 2021, devido, fundamentalmente, ao declínio natural e a maturidade dos campos, perdas de produção não planeadas (problemas técnico-operacionais), encerramento de poços e de algumas plataformas.

Actualmente, os níveis de produção de petróleo em Angola rondam em cerca de um milhão e 100 mil barris/dia, contra um milhão e 800 mil barris/dia registado em 2015, por exemplo.

Com reservas estimadas em nove biliões de barris de petróleo bruto e 5,95 biliões de metros cúbicos de gás, o governo angolano continua a trabalhar para manter a competitividade e os níveis de produção de petróleo bruto acima de 1,1 milhão barris/dia, prevendo licitar mais 50 blocos petrolíferos até 2025.

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