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Venda de participações da Sonangol em oito concessões petrolíferas pode gerar mais de 400 mil USD

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A petrolífera estatal Sonangol pondera encaixar mais de 400 mil dólares com a venda das participações de oito concessões petrolíferas, cujos vencedores já foram seleccionados na semana passada, avançou nesta segunda-feira,11, o presidente do Conselho de Administração (PCA) da empresa, Sebastião Pai Querido Gaspar Martins.

Ao responder a um jornalista, durante um encontro com a imprensa, que assinalou a abertura das Jornadas do Mineiro, realizado pelo Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, sobre quanto teria a petrolífera de encaixe financeiro com a venda das participações em oito blocos, o PCA afirmou que o valor não está fechado, mas garantiu que deverá ficar acima dos 400 mil dólares.

O líder da Sonangol, citado pela Lusa, admitiu recorrer a uma nova estratégia para avançar com o projecto da refinaria do Lobito, muito embora o executivo não tenha ainda encontrado um parceiro.

“Neste momento, estamos a ver com que entidades vamos constituir o consórcio e accionista, mas temos a intenção de avançar com o projecto, ainda que com fundos iniciais da Sonangol. A decisão está tomada e esta refinaria vai para a frente”, garantiu o PCA da petrolífera nacional.

Gaspar Martins reiterou que o conflito russo tem impacto sobre o processo logístico da Sonangol, sobretudo no que diz respeito à compra de materiais de aço para a refinaria de Cabinda — actualmente em construção —, que estão a ser utilizados na indústria da guerra.

Durante o encontro, o presidente do Conselho de Administração da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG), Paulino Jerónimo, avançou que Angola estima para este ano aumentar a sua produção média anual para 1,147 milhões de barris de petróleo por dia, uma previsão ligeiramente acima do previsto no ano passado, de 1,130 milhões barris diários (mbd).

Paulino Jerónimo fez saber ainda que, nos últimos 15 dias, o país tem produzido acima de 1,2 milhões de barris/dia, tendo produzido em média 1,173 milhões barris desde o início do ano.

Na ocasião, o ministro dos Recursos Minerais, Petróleos e Gás, Diamantino Azevedo destacou, por outro lado, a forma como a Sonangol se está a adaptar à transição energética, sublinhando que a petrolífera está já envolvida em projectos de energia solar (com as multinacionais italiana Eni e a francesa Total) e de hidrogénio, que inclui um consórcio de empresas alemãs.

Diamantino Azevedo fez um balanço do seu mandato de quase cinco anos à frente deste ministério, elencando as principais realizações do sector do petróleo e gás, bem como nos recursos minerais.

*Com a Lusa

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