TAAG volta a voar para China até ao princípio de 2024, anunciou em Pequim Ricardo D’Abreu
A companhia aérea de bandeira nacional, TAAG, vai retomar os voos à China entre finais do corrente ano e princípio de 2024, após interrupção, em consequência da pandemia da Covid-19, anunciou, na cidade de Pequim, capital da China, o ministro dos Transportes, Ricardo Viegas D’Abreu.
A TAAG voava para Pequim duas vezes por semana, mas a linha era pouco lucrativa, daí que no processo de retoma dos voos poderá priorizar-se uma outra cidade da China que não será Pequim, porém, o ministro angolano dos Transportes não avançou qual.
O governante falava à imprensa, em Pequim, onde se encontra para tratar, com o empreiteiro, do processo de finalização das obras do novo Aeroporto Internacional de Luanda, Dr.º António Agostinho Neto, cuja inauguração da primeira fase está prevista para Dezembro próximo.
“No processo de reestruturação e do reforço da frota da TAAG, temos perspectivas de garantir que, até ao final deste ano ou início do próximo, reiniciaremos a ligação para China, eventualmente, para uma outra cidade que não seja Beijing, mas que tenha importância comercial para os dois países, sendo a China um parceiro estratégico”, anunciou.
O titular da pasta dos Transportes disse que a TAAG tem um “importante” contrato intercontinental de transportação de carga que sai da América Latina, passa por Angola com destino à China, avaliado em mais de 250 milhões de dólares norte-americanos.
Este valor, de acordo com o governante angolano, sustenta 50% da facturação total da TAAG — uma estratégia inserida na iniciativa chinesa global, denominada “uma roda, uma faixa”, que se compromete em criar uma rede complexa de transportes ferroviários, aeroportuário e terrestre para ligar todos os países do mundo.
O contrato, assinado em 2022, entre a TAAG e a China já apresenta, segundo Ricardo D’Abreu, “reflexos positivos”, pelo que considera tratar-se de um dos maiores feitos da companhia de bandeira nacional, o que ajudou a posicionar Angola no principal ponto de ligação inter-continental, dada a sua localização geográfica que lhe permite posicionar-se entre América latina e Ásia.
Antes da Covid-19, a empresa operava sete frequências de carga semanais para a China. A pandemia fez o negócio desacelerar, mas ganhou impulso em 2022, por meio de uma parceria com o grupo chinês Lucky Aviation.
O trânsito de mercadorias entre América Latina e a China é estimado em mais de 40 biliões de USD (incluindo os transportes marítimos, aéreos, pela Europa e outras países africanos).
