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Supostos meliantes assaltam 3.ª Secção da Sala do Cível e Administrativo do Tribunal da Comarca de Luanda e levam consigo computadores

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O Serviço de Investigação Criminal (SIC) esteve, na manhã desta segunda-feira, 13, a trabalhar na 3.ª Secção da Sala do Cível e Administrativo do Tribunal da Comarca de Luanda, na Maianga, vulgo Prédio dos Tribunais, onde, nessa mesma madrugada, teria ocorrido um assalto de que resultou no furto de pelo menos quatro computadores.

Uma fonte daquele tribunal, que solicitou o anonimato, adiantou que os supostos meliantes, além de levarem os computadores, teriam também provocado outros prejuízos por apurar e identificar na Sala do Cível e Administrativo daquela instância jurisdicional.

O que se sabe até à data é que vários ficheiros digitais importantes teriam sido levados pelos supostos meliantes, não se sabendo se o Tribunal da Comarca de Luanda, mais concretamente a sua 3.ª Secção da Sala do Cível e Administrativo, teria feito cópias de segurança de todos os documentos dados como estando em falta.

“De qualquer forma, aguardaremos a actuação do SIC na resolução desta questão e lamentamos o sucedido, receando que este acto aumente ainda mais o nível de morosidade existente”, lê-se num “informe oficioso” que circula nas lides da magistratura.

De lembrar que o Club-K avançou, no sábado, 11, a notícia de um outro assalto que teria tido lugar no Tribunal Constitucional, envolvendo os computadores que foram utilizados nas eleições de 2017, facto que teria levado, igualmente, o SIC a dar início a uma investigação.

Segundo apurou aquele portal de notícias, o TC moveu uma queixa, dando conta do desaparecimento “misterioso” de cerca de 100 computadores usados para o cadastramento dos partidos políticos que participaram nas últimas eleições.

Fonte do Club-K avançou que os responsáveis daquela corte constitucional suspeitam que os computadores tenham sido furtados pelos próprios guardas da instituição, alegadamente movidos pelo sentimento de que estes bens estariam “em desuso e abandonados”.

Os computadores são usados em anos eleitorais (de cinco em cinco anos), decorrente da desactualização dos software, o antigo presidente do TC Rui Constantino Ferreira costumava a oferecer os meios a escolas e a bibliotecas, em Luanda, depois da realização do pleito eleitoral.

Em Novembro de 2017, três meses depois das eleições, foi nomeado Manuel Aragão, no lugar de Rui Ferreira. Diferente do seu antecessor, o então timoneiro do TC não doou os computadores, optando por mantê-los conservados numa das salas da própria instituição, relata o Club-K.

Ao chegar ao TC, refere o portal de notícias, Laurinda Cardoso teria decidido por manter os computadores onde os havia deixado por Manuel Aragão. Porém, há cerca de três meses, foi notado que os computadores haviam desaparecido da instituição, o que a levou a fazer uma participação ao SIC, tendo de seguida exonerado o então diretor do Gabinete dos Partidos Políticos Juvenis Paulo.

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