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Sociedade civil na Europa vai a Belém pedir ‘coerência’ a Marcelo na visita a Angola

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Vários cidadãos angolanos residentes em Portugal, convocados pelo movimento Vozes de Angola na Europa, vão, no próximo domingo, concentrar-se defronte ao Palácio de Belém — residência oficial da Presidência Portuguesa —, em Lisboa, para lançarem um apelo à “sagacidade” do Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, que está de malas feitas para Angola.

Os manifestantes exigem um “posicionamento coerente” do Presidente português, no decorrer da sua estada em Angola, requerendo do chefe de Estado português “mais pressão externa” em relação àquilo que consideram ser graves violações aos direitos e garantias fundamentais dos angolanos.

“Não vamos aceitar, não queremos chefes de Estado, em visitas de cortesia, a compactuarem com a falta de sensibilidade e com a agenda política do regime MPLA”, lê-se na convocatória da concentração, que está agendada para as 10h00 do dia 28, ocasião em que o Presidente português já estará em solo angolano.

Marcelo Rebelo de Sousa vem a Angola para participar na 2.ª edição do Fórum Pan-Africano para a Cultura de Paz, também conhecida como Bienal de Luanda, uma iniciativa conjunta da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura UNESCO, a União Africana (UA) e o governo de Angola, a ter lugar de 27 a 30 de Novembro de 2021.

A Assembleia da República portuguesa autorizou, na passada sexta-feira, 19, por unanimidade, a deslocação de Marcelo Rebelo de Sousa a Angola, entre 26 e 29 de novembro, para participar na Bienal de Luanda. De acordo com a Constituição de Portugal, o Parlamento tem de “dar assentimento à ausência do Presidente da República do território nacional”.

Foi o próprio Marcelo de Sousa, em 9 de Novembro, em Cabo Verde, que anunciou que viria a Luanda, a convite do Presidente João Lourenço, para marcar presença na feira do Livro da capital angolana.

Bernardo Pires

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