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Revista The Economist melhora posição de Angola no Índice de Democracia mas país continua na lista dos “regimes mais autoritários”

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Angola subiu 13 lugares, ao somar 0,59 pontos, no Índice de Democracia 2022, saindo da posição 122.º para a 109.º, porém, continua a ser classificado como um regime autoritário pela revista The Economist.

Publicado anualmente pela The Economist Intelligence Unit — uma empresa de pesquisas e análises do Economist Group, que publica a prestigiosa revista The Economist —, o índice analisa cinco factores diferentes para determinar quais os países mais democráticos e os mais autoritários do mundo.

Os cinco factores analisados são: o processo eleitoral e pluralismo, funcionamento do governo, participação política, cultura política e liberdades civis.

Cada país é classificado num tipo de regime — democracia plena, democracia imperfeita, regime híbrido, ou regime autoritário — consoante a pontuação registada numa série de indicadores, numa escala de 0 a 10.

Apesar de ter obtido no ano passado a pontuação mais alta de sempre, com 3,96 pontos, Angola mantém o estatuto de um regime autoritário e encontra-se no 109.º lugar no ranking global e em 22.º no ranking regional da África Subsaariana, que integra 44 países.

O país está entre os 14 Estados desta região que registaram um avanço da sua classificação (+0,59), integrando o conjunto dos cinco que mais melhoraram, a par do Níger (+0,51), Senegal (+0,19), Togo (+0,19) e Malawi (+0,17).

Muitas das nações da África Subsaariana continuam concentradas na parte inferior do ranking do Índice de Democracia.

De acordo com o relatório da The Economist, no período em análise, o continente africano contou apenas com uma “democracia plena” – a da Maurícias – seis “democracias imperfeitas”, inalteradas em relação ao índice de 2021.

O número de países classificados como “regimes híbridos” também permanece inalterado em aos resultados alcançados no índice de 2021, ao passo que as formas autoritárias de governo continuam a dominar a região; com 23 países ainda classificados como tal, dentre as quais Angola.

No índice que não inclui São Tomé e Príncipe, Cabo Verde perdeu a posição do país lusófono mais bem colocado, ficando na 35.ª posição.

Portugal, por sua vez, inalterado na tabela, acabou por ficar com a melhor posição (28.ª) à frente de Timor Leste (44.ª), Brasil (51.ª), Angola (109.ª), Moçambique (117.ª), Guiné Bissau (140.ª) e Guiné Equatorial (158.ª).

A Noruega é considerado o país mais democrático do mundo, posição que já ocupava em 2021. O país nórdico é seguido pela Nova Zelândia, Islândia e Suécia.

A nação mais autoritária é o Afeganistão, que também já ocupava esta posição desde o retorno dos talibãs ao poder, aniquilando muitas das liberdades civis da população local, especialmente das mulheres.

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