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PR reage à proposta da UNITA de destituí-lo e garante que vai terminar o mandato de cinco anos

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O Presidente da República, João Lourenço, garantiu que vai cumprir o mandato de cinco anos, assumido a 15 de Setembro de 2022, na sequência das eleições de Agosto daquele ano. Uma posição de firmeza do chefe do executivo que teria como destinatário a UNITA, cujos deputados pretendem destituí-lo.

No dia em que voltou ao Plenário da Assembleia Nacional para se pronunciar sobre como anda o estado do país, João Lourenço não quis deixar passar em branco o tema que nos últimos três meses ocupou espaços de destaque nos vários tablóides e páginas virtuais: a tentativa de destituí-lo do cargo.

Depois de no sábado, 14, o Bancada Parlamentar do MPLA ter travado a iniciativa da UNITA — atropelando o seu próprio Regimento e a Constituição da República sobre a votação, primeiro, mediante um projecto de resolução e, segundo, através do voto secreto —, nesta segunda-feira, 16, foi a vez do próprio Presidente da República dizer alto e bom som aquilo que lhe ia na alma:

“No dia 15 de Setembro de 2022, na sequência das eleições gerais que conferiram legitimidade ao Presidente da República e aos deputados à Assembleia Nacional, jurei por minha honra desempenhar com toda a dedicação as minhas funções, cumprir e fazer cumprir a Constituição e as leis, defender a Independência, a Soberania, a unidade da Nação e a integridade territorial e defender a paz e a democracia e promover a estabilidade, o bem-estar e o progresso social de todos os angolanos. Esse juramento continua válido e será por mim honrado até ao último dia do mandato de cinco anos que as angolanas e os angolanos legitimamente me conferiram.”

A ovação foi estridente e em pé, tendo sido o momento em que a bancada do partido maioritário parecia ter percebido como nenhum outra o que João Lourenço pretendeu dizer nas entrelinhas aos deputados da UNITA, autores da iniciativa que visa destituí-lo do cargo que ocupa pela segunda e última vez.

No mesmo discurso, João Lourenço defendeu a necessidade do perdão mútuo e de uma reconciliação que vá de encontro com as aspirações e o espírito do processo de pacificação dos espíritos no país.

“Para a nossa genuína reconciliação, é necessário que tenhamos a capacidade de usar o perdão mútuo e de homenagearmos as muitas vítimas dos vários conflitos políticos que lamentavelmente o nosso país viveu. Foi com esse espírito que foi criada a Comissão para Implementação do Plano de Reconciliação em Memória das Vítimas dos Conflitos Políticos (CIVICOP)”, lembrou.

“Foi com esse mesmo espírito que o chefe de Estado, em nome do Estado angolano e em momento solene, pediu desculpas públicas e perdão às vítimas dos conflitos e aos angolanos em geral”, acrescentou João Lourenço.

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