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Polícia rapta activistas em Cabinda para impedir manifestação

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Mais de 95 manifestantes, que pretendiam realizar uma manifestação pacífica em Cabinda, no último sábado, 11, foram raptados por efectivos da Polícia Nacional, momentos antes desta ter dado início, denunciou a organização não-governamental Omunga, em nota de imprensa.

A manifestação, que tinha como objectivo saudar o 73.º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos e denunciar os actos de violação de direitos humanos na província, ficou marcada por um plano de detenção dos activistas gizado e executado por agentes da Polícia Nacional, que se anteciparam aos promotores da manifestação, prendo-os.

A acção policial culminou com a detenção de pelo menos 100 manifestantes e tantos outros desaparecidos, que mais tarde foram postos em liberdade numa zona distante do centro da cidade, sem condições mínimas de regresso, de acordo com o comunicado da Omunga.

Porém, informações avançadas pela DW, nesta segunda-feira, davam conta que o coordenador da marcha, Alexandre Nsito, ainda se encontra incomunicável e em parte incerta, levantando suspeitas de que tenha sido torturado pelas forças policiais.

A Omunga considerou que atitudes desta índole deita por terra todo o esforço do executivo liderado pelo Presidente João Lourenço, classificando como “grave violação dos Direitos Humanos” a acção praticada pelas forças da ordem e segurança, por atentar contra o consagrado na Constituição da República de Angola.

Sob lema “Lutemos pelos Direitos Humanos no mundo, em particular Cabinda”, a manifestação tinha como palavras de ordem “Não às violações”, “Respeito pelas zungueiras e moto-taxistas” e “Stop prisões e detenções arbitrárias”.

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