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Polícia no Huambo apresentou balanço 24 horas depois e alegou não ter sido “possível evitar a morte de cinco cidadãos”

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O Comando Provincial do Huambo da Polícia Nacional tornou público, esta terça-feira, 6, um comunicado de imprensa, datado de 5 de Junho, no qual lamenta o facto de não ter sido possível evitar a morte de cinco cidadãos, na sequência das manifestações levadas a efeito por taxistas e moto-taxistas naquela cidade.

As autoridades — que atribuem os incidentes aos “actos de desordem pública protagonizados por taxistas e moto-taxistas (…), supostamente em protesto [contra] a materialização do Decreto Presidencial n° 131/23 de 1 de junho, referente à atribuição de subsídios aos combustíveis”, — confirmaram, pela primeira vez, a existência de cinco mortos e oito feridos, sem destacar o menino de 12 anos entre as vítimas mortais.

“Na sequência dos actos de violência e afronta às forças policiais, não foi possível evitar, e lamentamos, a morte de cinco cidadãos e o ferimento de oito outros, a quebra de vidros em dois autocarros de transporte público, uma ambulância, a quebra de vidros dos gabinetes provinciais do Urbanismo e Ambiente, ANGOP, INAFOP e da Subestação do CFB”, refere o comunicado.

A PN no Huambo informou também ter registado tentativas de vandalização de armazéns de bens alimentares e da 3.ª Esquadra de Polícia, assim como a vandalização de cinco Comités de Acção do Partido MPLA.

Foram detidos, segundo o comunicado, 34 cidadãos e apreendidas 29 motorizadas, “por envolvimento directo nos actos de desordem pública”, sendo que os envolvidos, de acordo com o documento da PN, “serão responsabilizados criminalmente”.

No comunicado oficial, a PN no Huambo conta que os actos em referência consistiram na paralisação das actividades de táxi em vários pontos da província, com incidência para os municípios do Huambo e Caála, concretamente nas paragens de táxi dos bairros de S. Pedro, Benfica, Kavongue, S. João, Cambiote e na Rotunda de acesso à Centralidade Fernando Faustino Muteka.

O documento fala ainda na montagem de várias barricadas, que visaram “molestar outros taxistas que não aderiram ao protesto violento”, agressões aos mesmos, com objectos de arremesso, ao mesmo tempo que retiravam os passageiros de seus veículos. Foram estes acontecimentos, na óptica da PN, que motivaram a pronta intervenção das forças policiais, com o intuito de salvaguardar a integridade física das pessoas e dos seus bens.

Em relação às mortes, o Comando da Polícia Nacional do Huambo endereçou “às famílias enlutadas os mais profundos sentimentos de pesar, pela perda dos seus entes queridos durante os actos de desordem pública registados e, reiterou o compromisso de continuar a trabalhar no reforço do sentimento de segurança das comunidades”.

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