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Polícia Nacional detém cidadã por transmissão dolosa do vírus do VIH a mais de 17 pessoas

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A Polícia Nacional (PN) deteve, na terça-feira, 28, uma cidadã de 38 anos de idade, no município do Talatona, em Luanda, acusada de transmitir de forma dolosa o vírus do HIV/Sida a vários homens com quem manteve relações sexuais.

De acordo com o porta-voz da PN em Luanda, superintendente Nestor Goubel, a acusada admitiu ser seropositiva, em função dos exames médicos que fez, acreditando ter contraído o vírus através do ex-marido, falecido em 2019.

De acordo com as informações avançadas pelo seu porta-voz, a PN tomou conhecimento do caso através de uma denúncia feita junto da esquadra do Ondjo Yetu, no município de Viana, por um cidadão de 44 anos de idade, que foi igualmente infectado.

Porém, a PN sabe que a acusada já tinha o  histórico da doença e que esta se mudava de residência sempre que havia alaridos no bairro acerca da sua condição de saúde, tendo infectado várias pessoas nos bairros por onde passou (Honjo Yetu, Casas Azuis, Calemba 2 e Estalagem, em Viana).

Nestor Goubel disse que dos 20 cidadãos lesados, três apresentaram queixas na esquadra, sendo que, do interrogatório feito, deu para confirmar que as esposas testaram também positivo para o VIH, tendo apresentado os referidos testes comprovativos. No entanto, por confirmar estão os outros 17 elementos.

Ao ser apresentada à imprensa pela PN, a acusada assumiu ter se envolvido apenas com quatro cidadãos, tendo sido estes que, segundo contou, teriam depois infectado outras pessoas, o que teria ajudado a aumentar o número de ‘vítimas’.

A acusada mostrou-se, entretanto, arrependida, e apelou à abstenção da prática de infectar de forma propositada as pessoas.

O Código Penal angolano prevê a pena de dez a 15 anos de prisão para quem agir com intenção de contaminar com doença sexualmente transmissível, susceptível de colocar em perigo a vida de outrem.

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