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Partido do governo em Portugal e mais dois de direita chumbaram projecto de voto a condenar repressão policial em Angola

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Os partidos Socialista (PS), Social Democrata (PSD) e o Chega, todos eles com assento parlamentar na Assembleia da República portuguesa, chumbaram, em sede da Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas, o projecto do Bloco de Esquerda (BE), que pretendia condenar a repressão policial em Angola.

Uma fonte parlamentar, ouvida pela Lusa, apontou que o projecto de voto do BE a condenar a repressão sobre as manifestações de 17 de Junho, em Angola, foi chumbado nesta terça-feira, 18, pelo partido que sustenta o governo em Portugal (PS), pelo PSD (o maior partido na oposição), e o Chega (partido de extrema direita portuguesa).

O projecto de voto do BE fazia alusão à repressão policial sobre várias manifestações ocorridas em várias cidades angolanas, realizadas em Junho, “contra a subida dos preços dos combustíveis, o ataque à venda ambulante e a nova lei sobre as organizações não-governamentais”.

O Bloco argumentou que, em Luanda, assim como em outras províncias do país, a manifestação foi reprimida, seguindo-se depois uma série de detenções, que envolveu activistas, dirigentes partidários e deputados que solidariamente marcaram presença no referido acto cívico.

No documento, que deu entrada na Assembleia da República, o Bloco de Esquerda indicou que “estes episódios de repressão não são um caso isolado” e que o Comando Geral da Polícia Nacional havia reconhecido a detenção de 32 manifestantes em Luanda e de 55 em Benguela”.

“Estes episódios de repressão não são um caso isolado. Os organizadores das manifestações de 17 de Junho, através de comunicado datado de 19 de Junho, falam em ‘repressão quase generalizada – excepção honrosa para as polícias da Huíla, Kwanza Norte, Kwanza-Sul, Malanje, Moxico e Namibe – das manifestações’, lê-se no projecto de voto do partido de esquerda, ora chumbado.

O requerimento havia dado entrada no dia 30 de Junho do corrente ano, na sequência da repressão sobre as manifestações de 17 de Junho, ocorridas em várias províncias angolanas.

No requerimento que fez chegar à Assembleia da República, aquele partido de esquerda subscreveu o conteúdo do comunicado das organizações da sociedade civil angolanas, promotoras dos protestos, que acabaram reprimidos pela Polícia Nacional.

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