Isto É Notícia

Leader of the opposition party, The National Union for the Total Independence of Angola(UNITA), Adelberto Costa Junior (C), arrives to vote, at a polling station in Luanda on August 24, 2022. – Angolans started casting ballots on August 24, 2022 in what is expected to be the most competitive vote in its democratic history, with incumbent president Joao Lourenco squaring up against charismatic opposition leader Adalberto Costa Junior. (Photo by JOHN WESSELS / AFP)

“Onde andam os mais-velhos do MPLA? Ninguém aconselha estes senhores?”, a reacção de ACJ às acusações da Polícia Nacional

Partilhar conteúdo

O presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, reagiu às acusações da Polícia Nacional (PN), que atribuiu ao seu partido “responsabilidades directas” sobre  os incidentes que aconteceram na manifestação do último sábado, 17, por todo o país, os quais teriam provocado ferimentos a vários participantes, incluindo sete efectivos das forças de defesa e segurança.

Numa publicação, feita na sua página da rede social Facebook, o líder da UNITA questionou o paradeiro dos ‘mais-velhos’ do MPLA e lamentou o facto de, sistematicamente, ser alvo de “acusações levianas” dirigidas a si e ao seu partido, sem o direito ao contraditório, o que considera tratar-se de uma “grosseira manipulação dos conteúdos informativos”.

“É lamentável que agentes da polícia e jornalistas se sujeitem a esses fretes”, deplorou o político, fazendo referência à acusação proferida pela PN, no sábado à noite, sobretudo numa altura em que “no  Parlamento se ouve falar do diálogo inclusivo e da realização das autarquias”. “Onde andam os mais-velhos do MPLA? Ninguém aconselha estes senhores?”, questionou Adalberto Costa Júnior.

O líder da UNITA reportou-se ao ano de 2022 e ao quadro governativo vigente, decorrente do último pleito eleitoral, para enumerar um rol de situações que, na sua opinião, ajudaram a degradar as condições sócio-económicas do país:

“Há menos de um ano após as eleições gerais de Agosto de 2022, surpreende os resultados sofríveis da governação de João Lourenço: uma acentuada crise económica, a alienação descarada de empresas públicas vendidas ao desbarato, a tomada de medidas com forte impacto negativo para as populações sem qualquer preparação, graves violações aos direitos humanos, a violação sistemática à Constituição e às leis!”.

Diante deste quadro, Adalberto Costa Júnior não tem dúvidas de que o resultado “é o autoritarismo, a perda de direitos cívicos e políticos, o aumento da pobreza e do desemprego. A depreciação do kwanza e a perda do valor dos salários. E, como tem sido prática, a culpa é atribuída à UNITA”.

“É uma pena, pois temos tudo para vencer, se aprendessem a respeitar e a trabalhar com quem pensa diferente, com quem não pertence ao seu partido, todos unidos sob o interesse nacional. Angola merece muito e melhor”, concluiu o presidente do maior partido na oposição.

ISTO É NOTÍCIA

Artigos Relacionados