Omatapalo torna-se na primeira construtora angolana a fazer parte do Pacto Global das Nações Unidas
A Omatapalo, empresa de direito angolano, é a mais nova instituição a aderir ao Pacto Global das Nações Unidas, tornando-se na primeira construtora nacional a aderir a esta iniciativa.
O referido pacto busca promover junto das empresas a adopção voluntária de políticas de responsabilidade social, corporativa e de sustentabilidade, com vista ao desenvolvimento de um mercado global mais inclusivo e sustentável.
“A integração da Omatapalo no Pacto Global das Nações Unidas, a maior iniciativa de responsabilidade social corporativa do mundo, é para nós um motivo de grande orgulho que, por outro lado, vem reforçar a nossa responsabilidade em contribuir para que os negócios tenham impacto positivo junto das pessoas, das comunidades e sociedades, a par do ambiente, temas que estão, afinal, no nosso ADN desde o primeiro dia”, refere o presidente do Conselho Administrativo da Omatapalo, Pedro Vieira Santos, citado num comunicado enviado a esta redacção.
O Pacto foi anunciado em 1999 pelo então secretário-geral das Nações Unidas Kofi Annan, no Fórum Mundial de Davos, na Suíça, e lançado oficialmente no ano 2000, juntando hoje mais de 24 500 empresas dos mais diversos sectores de 167 países, a par de centenas de ONGs, sindicatos, entidades oficiais e agências da ONU.
O Pacto Global, que em Angola tem apenas 23 empresas integrantes, incluindo agora a Omatapalo, tem como ambição acelerar e reforçar o impacto global dos negócios sobre as sociedades, levando as empresas a adoptar dez princípios relacionados com direitos humanos, trabalho, ambiente e combate à corrupção.
Ao aderirem ao Pacto, as empresas comprometem-se a comunicar anualmente os progressos na implementação dos dez princípios nas suas estruturas de negócios, cultura e operações diárias.
As empresas devem apoiar e respeitar a protecção dos direitos humanos reconhecidos internacionalmente e certificar-se de que não são cúmplices de violações dos direitos humanos.
Eis alguns dos princípios que norteiam o Pacto Global das Nações Unidas: Primeiro, as empresas devem defender a liberdade de associação e o reconhecimento efectivo do direito à negociação colectiva.
Estas devem também eliminar todas as formas de trabalho forçado e obrigatório, abolir de forma efectiva o trabalho infantil, bem como a discriminação em matéria de emprego e de profissão;
As empresas devem ainda apoiar uma abordagem prudencial dos desafios ambientais; empreender iniciativas para promover uma maior responsabilidade ambiental, incentivar o desenvolvimento e a difusão de tecnologias que respeitem o ambiente, assim como devem igualmente actuar contra a corrupção em todas as suas formas, incluindo a extorsão e o suborno.