Oficina artesanal angolana OOKOO lança em Amesterdão primeira embalagem de chocolate retornável do mundo na maior montra do cacau
A primeira oficina de chocolate artesanal em Angola, a OOKOO, que utiliza o cacau proveniente de Cabinda, anunciou, nesta quarta-feira, 7, o lançamento da primeira embalagem de chocolate retornável do mundo, durante a participação inédita no mercado Chocoa, em Amsterdão, nos Países Baixos (Holanda), que decorre de 7 a 11 de Fevereiro do presente ano.
Através de uma nota de imprensa chegada à redacção deste portal de notícias, a OOKOO fez saber que “este marco histórico marca a presença pioneira de uma empresa angolana e de natureza semelhante em um evento internacional dedicado ao chocolate”.
O Chocoa é um mercado anual de cacau e chocolate reconhecido por sua ênfase na qualidade e sustentabilidade, oferecendo um ambiente onde os mesmos produtos são negociados, novos contatos comerciais são estabelecidos e as inovações são compartilhadas.
De acordo com a nota, o conceito de retornável é conseguido e encontra sustentabilidade com o incentivo financeiro significativo ao consumidor, ou seja, o comprador ao adquirir uma embalagem do denominado ‘bombom de Angola’ pagará um determinado valor e, ao devolver os elementos que são retornáveis, como as quatro ampolas de vidro, tecidos, alumínio e o cartão que os suporta, a OOKOO retribuirá cerca de um terço do valor investido sob forma de desconto numa nova embalagem de bombons ou noutros produtos da mesma.
Segundo a OOKOO, a referida embalagem foi projectada para minimizar o desperdício e promover a reutilização, visto que os consumidores poderão desfrutar de deliciosos chocolates artesanais enquanto contribuem para a preservação do meio ambiente
“Esta iniciativa única destaca o compromisso da Ookoo em desbravar o caminho para práticas sustentáveis na indústria do chocolate”, reforça.
A OOKOO, que nasceu da paixão do seu fundador — o também artista plástico angolano Miguel Gonçalves, pelo chocolate, mais propriamente pelo artesanal — tem um posto de venda fixo no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiros (Partidas, junto à porta de embarque 4), uma loja online, representações nas lojas ‘Sakocuia’ e ‘Le Chalet’ e nos resorts seleccionados ‘Carpe Diem’ e ‘Cahombo Resort Rural’.
Quanto à origem de tudo, a OOKOO esclarece na nota que, momentos antes da pandemia da Covid-19, isto em 2020, na província de Cabinda, existia um projecto governamental (de revitalização da cultura de cacau em Angola) que começou a disponibilizar as primeiras cápsulas de cacau, o que em pouco tempo fez espoletar o desejo do seu fundador de estudar afincadamente a possibilidade de implementação de uma oficina artesanal de chocolate nacional segundo o conceito de produção bean-to-bar, ou melhor “da amêndoa de cacau até à barra de chocolate”.
Entretanto, sublinha, foi mesmo em Cabinda, já em meados de 2021, que a OOKOO conseguiu identificar agricultores que dispunham de vontade de aprender as melhores práticas de manutenção, condução e poda dos cacaueiros e subsequentes colheitas, fermentações, secagens e armazenamentos das amêndoas de cacau, marcando assim o início de tudo.