Isto É Notícia

Nova Jiangsu vai construir o ‘Memorial às Vítimas dos Conflitos políticos’

Partilhar conteúdo

A empresa Nova Jiangsu venceu o concurso público para a construção do ‘Memorial às Vítimas dos Conflitos Políticos’, avaliado em 33,8 milhões USD.

De acordo com o Despacho Presidencial n.º 30/23, de 22 de Fevereiro, a obra, que custará 17,2 mil milhões de kwanzas, o equivalente a 33,8 milhões de dólares norte-americanos, vai ser fiscalizada pela Dar Angola, que irá beneficiar de uma despesa de 258 milhões de kwanzas.

Recorde-se que, o memorial, que inicialmente seria construído na zona da encosta da Boavista, será edificado na zona da Cidade Alta, numa área de nove hectares, adjacente ao Memorial Dr.º António Agostinho Neto.

O projecto prevê a construção de três peças, com destaque para uma aliança eterna de nove andares, com uma área técnica, uma loja de recordações, uma sala de convenções, um acervo digital, uma sala de exposições e um observatório de 20 metros, bem como um hall de memória.

Em 2019, o Presidente da República ordenou a criação de uma comissão para elaborar um plano geral de homenagem às vítimas dos conflitos políticos que ocorreram no país entre 11 de Novembro de 1975 e 4 de Abril de 2002.

O ‘Plano de Reconciliação em Memória às Vítimas de Conflitos Políticos’ prevê, entre outras questões, a emissão de certidão de óbito e a construção de um memorial único para todas as vítimas dos conflitos políticos registados no país.

Ainda no âmbito deste projecto, João Lourenço pediu, em 2021, desculpas públicas em nome do Estado angolano por todas as vítimas dos conflitos armados passados entre 1975, ano da independência, e 2002, ano da paz no país.

“Não é hora de nos apontarmos o dedo, procurando os culpados. Importa que cada um assuma as suas responsabilidades na parte que lhe cabe. É assim que, imbuídos deste espírito, viemos junto das vítimas dos conflitos, e dos angolanos em geral, pedir, humildemente, em nome do Estado angolano, as nossas desculpas públicas pelo grande mal que foram as execuções sumárias naquela altura e naquelas circunstâncias”, referiu, na altura, João Lourenço.

ISTO É NOTÍCIA

Artigos Relacionados