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Morreu o Padre Jorge Casimiro Congo

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Morreu, nesta quinta-feira, 6, aos 71 anos de idade, no Hospital Geral de Cabinda, vítima de doença, o padre Jorge Casimiro Congo, uma das mais importantes figuras da província de Cabinda.

Jorge Congo, formado em teologia e línguas antigas pela Universidade Urbaniana de Roma, foi docente de português e metodologias do Instituto Superior Politécnico Lusíada de Cabinda.

O antigo bispo da Igreja Católica Americana em Angola assumiu também, em 2018, o cargo de secretário provincial da Educação, Ciência e Inovação, sob a governação do general Eugénio César Laborinho.

Recorde-se que o padre católico se tornou uma voz activa durante o governo de José Amaro Tati, entre 1995 e 2002, após criticar abertamente o assassinato do jornalista António Casimiro, morto, supostamente, a mando de dois influentes empresários (Totó e Nascimento).

Estas alegações foram mais tarde contrariadas pela narrativa popular de que aquela morte teria sido do interesse da ala do responsável máximo daquela província, por conta de o jornalista ter recebido ameaças de um alegado membro da inteligência, Francisco Raul Rocha.

O padre Congo passou a ser visto como uma ameaça para as autoridades angolanas, sendo diversas vezes perseguido e emboscado pelas forças de segurança por pregar direitos dos leigos.

O mesmo participou, ainda em 2003, na constituição da activa Associação Cívica de Cabinda (Mpalabanda), que viria a ser extinta por ordem do tribunal em 2005, por alegada “subversão à ordem constitucional e atentatória ao Estado unitário”.

Jorge Casimiro Congo nasceu no dia 8 de Março 1952, na Vila de Lândana, município de Cacongo, província de Cabinda, onde se consagrou padre da Igreja Imaculada Conceição, da antiga Missão Católica de Cabinda.

*Com agências

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