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Líbia. Eleições de Dezembro contam com 98 candidatos, incluindo o filho de Kadhafi

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A Alta Comissão Eleitoral da Líbia (HNEC) avançou, na terça-feira,23, em comunicado oficial, que as eleições presidenciais, agendadas para Dezembro, vão contar com 98 candidatos, entre eles duas mulheres, com o destaque a recair sobre Seif al-Islam Kadhafi, filho do ex-Presidente Muammar Kadhafi.

Segundo o director do HNEC, Imad al-Sayeh, a plataforma de inscrição recebeu os processos de 98 candidatos que “preencheram as condições e forneceram os documentos necessários para a eleição do chefe de Estado”, adiantando que a lista final será conhecida dentro de 12 dias, assim que estiverem concluídas “as verificações, recursos e apelos”.

Imad al-Sayeh adiantou que os processos serão remetidos à Procuradoria-Geral da República, ao Departamento de Passaportes e Nacionalidade e ao Departamento de Informações Gerais, “de forma a garantir que as candidaturas cumpram a lei eleitoral”.

O filho do “ex-ditador” Muammar Kadhafi, o marechal Khalifa Haftar, que controla o leste e parte do sul da Líbia, o influente ex-ministro do Interior, Fathi Bachagha, e o chefe do governo interino, Abdelhamid Dbeibah são as grandes figuras de destaque no pleito.

Laila Ben Khalifa, de 46 anos, presidente e fundadora do partido Movimento Nacional, e Hounayda Al-Mahdi, investigadora na área das ciências sociais, são as duas únicas mulheres que aparecem na lista de candidatos à Presidente da Líbia, ao lado de 96 homens.

Marcadas para 24 de Dezembro do corrente ano, estas serão as primeiras eleições por sufrágio universal na Líbia, cuja apresentação de candidaturas teve lugar exclusivamente em três gabinetes da Alta Comissão Eleitoral: em Tripoli (oeste), Benghazi (leste) e Sabha (sul).

De um total de sete milhões de habitantes, mais de 2,83 milhões de líbios inscreveram-se para votar.

Juntamente com as eleições legislativas, a realizar em Janeiro, as presidenciais, que culminam num processo político patrocinado pela ONU, deverão virar a página de uma década de caos, desde a queda do regime de Kadhafi, em 2011, e pôr fim às divisões e lutas fratricidas entre dois campos rivais, o GNA, que detém o controlo do oeste do país, e o grupo militar dirigido pelo marechal Khalifa Haftar, detentor do poder no leste.

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