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João Lourenço garante em Pequim ter conseguido renegociar os termos da amortização da dívida com a China

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O Presidente da República, João Lourenço, disse, nesta sexta-feira, 15, que conseguiu renegociar os termos da dívida junto de credores chineses, após um encontro com o primeiro-ministro chinês, no início de uma visita oficial de três à China.

O chefe do executivo angolano afirmou ter conseguido “desbloquear em grande medida os “constrangimentos apresentados por Angola relativamente aos compromissos com bancos e instituições credoras chinesas” e que foram negociadas “medidas de alívio que não prejudicam os interesses de nenhuma das partes”.

Durante o encontro com o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, no Grande Palácio do Povo, junto à Praça Tiananmen, no centro de Pequim, João Lourenço lembrou que a dívida angolana à China ascende os 17 mil milhões de dólares norte-americanos.

Recorde-se que, em 2022, Angola foi o país do mundo em que o pagamento da dívida a credores chineses teve maior peso na despesa pública, de acordo com um estudo divulgado pelo Centro de Finanças e Desenvolvimento Verde da Universidade Fudan  — uma das mais prestigiadas universidades chinesas, localizada em Xangai.

O país destinou quase 5% do Produto Interno Bruto para pagar juros e amortizar empréstimos contraídos anteriormente junto de entidades chinesas, segundo o mesmo estudo.

Nesta senda, o Presidente da República disse que as autoridades chinesas aceitaram prolongar o prazo para desembolso do financiamento da construção da barragem de Caculo Cabaça e agradeceu a intervenção de Pequim nas conversações com o consórcio financiador, composto pelos bancos estatais EximBank e ICBC.

João Lourenço iniciou, na manhã desta sexta-feira,15, os três dias de visita de Estado à República Popular da China, a convite do Presidente Xi Jinping.

A visita acontece seis anos depois da anterior de igual carácter, em 2018.

Nas primeiras horas desta sexta-feira, 15, o Presidente e delegação acompanhante mantiveram um encontro com o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, seguindo-se, pouco depois, uma reunião de cortesia com o presidente do Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional (Parlamento), Wu Bangguo.

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