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João Lourenço defende criação de oportunidades reais para participação activa da juventude na construção das sociedades africanas

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O chefe de Estado angolano, João Lourenço, alertou, nesta quarta-feira, 22, para a necessidade de se acreditar na juventude sem hesitações, disponibilizando-a oportunidades reais de participação activa na construção das sociedades, com vista a solidificar-se uma cultura de paz duradoura e resiliente no continente africano.

João Lourenço, que fez tal afirmação no discurso de abertura da III Edição do Fórum Pan-Africano para a Cultura de Paz – Bienal de Luanda, que vai decorrer até sexta-feira, 24, defendeu a necessidade de se criar em África espaços de diálogo onde os jovens possam ser escutados, entendidas as suas ideias e integradas suas contribuições, dando-lhes assim a oportunidade de serem eles actores de mudanças virtuosas.

“Acredito que se conseguirmos, com algum esforço, alcançar este desiderato, teremos, certamente, conseguido, também, preparar cidadãos aptos para aceitar o confronto de ideias em lugar de partir para a confrontação na base de ideias divergentes”, alertou.

Nesta perspectiva, o Presidente da República atribuiu “uma importância fulcral ao diálogo inter-geracional”, que, acrescentou, “se tornou uma referência central da bienal”.

Na visão do estadista angolano, este diálogo inter-geracional permite estabelecer um intercâmbio de ideias e um espaço de diálogo dentro do qual a combinação entre a sabedoria e experiência dos mais-velhos e a energia criativa dos jovens pode ajudar a fazer a passagem suave e tranquila do testemunho de uma geração para outra.

João Lourenço salientou que o continente africano é habitado por uma população maioritariamente jovem que tem, naturalmente, um conjunto de aspirações e expectativas quanto ao seu futuro, as quais devem ser atendidas, considerando-se sempre o seu papel de força motriz da mudança, da evolução do progresso, do desenvolvimento, da construção das sociedades criativas e inovadoras.

“A própria natureza dos jovens tem dinâmicas próprias e gera abordagens e visões diferentes em função de cada grupo geracional, facto que deve ser sempre observado, com muita atenção, para que se percebam as necessidades e exigências de cada tempo”, observou.

No capítulo da inclusão, o chefe de Estado angolano afirmou que já não há espaço a visões redutoras sobre o lugar da mulher nas sociedades africanas, “lugar em que estas assumem um papel cada vez mais actuante e reconhecidamente eficaz na execução das suas responsabilidades profissionais”.

João Lourenço considerou que, na sua condição de mães, as mulheres podem transformar-se em verdadeiras arquitectas de um mundo de harmonia, de paz, de respeito, de tolerância, de compreensão e de amor.

A Bienal de Luanda, para a qual foram convidados mais de 850 entidades africanas, conta com as presenças dos Presidentes de Cabo Verde, José Maria Neves; de São Tomé e Príncipe, Carlos Vila Nova, e da Etiópia, Sahle-WorkZewed, bem como do Vice-Presidente da Namíbia, Nangolo Mbumba, e da primeira-ministra da Guiné Equatorial, Manuela RokaBotey.

A Bienal de Luanda é uma plataforma de implementação do ‘Plano de Acção para uma Cultura de Paz em África’, adoptado em Março de 2013, na capital angolana, no Fórum Pan-Africano “Fontes e Recursos para uma Cultura de Paz”.

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