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JLo volta a lançar farpas à oposição a quem acusa de tudo fazer para desencorajar as instituições financeiras e investidores estrangeiros de apostar em Angola

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O Presidente da República, João Lourenço, acusou, neste sábado, 2, “alguns políticos da praça” de realizarem acções contrárias as do seu executivo, com o objectivo de desencorajar as instituições financeiras internacionais, os credores e investidores estrangeiros de apostarem em Angola.

O chefe do governo angolano, que falava durante o discurso de abertura da reunião com os membros do Conselho Económico e Social, que decorreu no Palácio Presidencial, afirmou que “o executivo tem feito tudo, em termos de políticas, para criar um bom ambiente de negócios, para atrair investimento privado directo estrangeiro, para incentivar a banca e o sector empresarial privado a fazerem a sua parte”.

“Infelizmente, enquanto trabalhamos para o desenvolvimento económico e social do país, alguns políticos da nossa praça, que nunca quiseram o bem de Angola e dos angolanos, vêm realizando trabalho contrário junto das instituições financeiras internacionais, dos credores e investidores a desencorajar o investimento em Angola”, acusou João Lourenço.

 O titular do Poder Executivo, que assumir existir um compromisso do seu governo para com o povo angolano “sério e inquebrantável”, garantiu que vai continuar a trabalhar para colocar Angola num outro patamar cada vez mais alto, apesar das ‘investidas’ dos que chamou de “vende-pátria”.

 “Mais uma vez, esta acção que espelha bem a falta de patriotismo, de sabotagem contra os interesses de seu próprio país, está condenada ao fracasso, porque, felizmente, os financiadores, credores e investidores, guiam-se por critérios objectivos de análise dos mercados, e conhecem a nossa seriedade no que diz respeito a honrar os nossos compromissos para com os credores, por isso os vende-pátria não serão bem-sucedidos”, declarou o chefe do governo.

Diversificação da economia

No encontro, testemunhado pelos ministros de Estado, ministros e demais membros do executivo, João Lourenço colocou o acento tónico na crise económica que considera ter dimensão mundial e “que afecta todos os países deste mundo globalizado, sendo um exercício de mero populismo, de demagogia política, dizer-se que, neste ambiente económico hostil, Angola devia ser diferente, devia ser um oásis no meio do deserto”.

Ainda sobre a crise económica mundial, o chefe do executivo angolano afirmou que ela de tão profunda que é desacelerou as taxas de crescimento das maiores economias do mundo, da Europa e da Ásia.

“Como enfrentar o momento actual que a todos preocupa?”, foi a pergunta levantada pelo Presidente angolano, cuja resposta veio também de si:

“O diagnóstico correcto já foi realizado e encontrada a resposta também correcta. Só precisamos de fazer, de facto, acontecer. Precisamos de diversificar a nossa economia, de aumentar consideravelmente a produção de bens e de serviços, de diversificar e aumentar as fontes de arrecadação de divisas”.

Para João Lourenço, é preciso que Angola não se conforme com a realidade de excessiva dependência das receitas de exportação de petróleo bruto em 48 anos de independência nacional e 21 anos de paz efectiva. O chefe do executivo entende que é preciso alargar o leque de produtos de exportação, de preferência manufacturados, com valor acrescentado, para vender a melhor preço e garantir emprego local, sobretudo para a juventude.

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