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JLo retoma o discurso da guerra para se ‘vingar’ dos dirigentes da UNITA que não foram homenagear JES

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O líder do MPLA e candidato a Presidente da República, João Lourenço, recorreu, esta quarta-feira, 27, ao discurso de ‘vencedores e vencidos’ da guerra civil angolana para, por um lado, criticar a ausência de alguns dirigentes da UNITA nas homenagens a José Eduardo dos Santos, e, por outro, ‘troçar’ do estado físico em que se encontravam os antigos companheiros de armas de Jonas Savimbi, logo após o fim do conflito armado no país, em 2002.

João Lourenço, que discursava na cidade do Sumbe, na província do Kwanza-Sul, disse que foi o MPLA, e o seu presidente na altura, quem conseguiu trazer a paz e promover a reconciliação entre os angolanos, tendo sido este “mais um grande feito do povo angolano” liderado pelo seu partido. Porém, o líder dos Camaradas não deixou de enfatizar as circunstâncias em que encontravam algumas altas patentes da UNITA, quando, nas palavras de João Lourenço, “foram salvos por José Eduardo dos Santos, em 2002”.

“É o MPLA, é o presidente do MPLA, na altura, o camarada Presidente José Eduardo dos Santos. É ou não é? Foi o camarada Presidente José Eduardo dos Santos, presidente do MPLA na altura, que trouxe a paz e a reconciliação, portanto é mais um grande feito do povo angolano liderado pelo MPLA. E, nessa altura, em Abril de 2002, os nossos adversários estavam muito debilitados, até do ponto de vista físico. O Presidente José Eduardo dos Santos foi magnânimo. Alguns deles estavam numa situação que bastava empurrar assim com dois dedos e caíam”, troçou João Lourenço.

Em causa está a não comparência dos membros da UNITA nas homenagens que foram feitas na Praça da República, no Mausoléu Dr.º António Agostinho Neto, em Luanda, a José Eduardo dos Santos, facto que o presidente do MPLA não perdoa e aproveitou usar como pedra de arremesso contra os seus adversários políticos, sem, no entanto, citá-los pelos nomes ou pelo nome do partido que representam e dirigem.

“O que eu quero dizer é que aqueles que lhes salvou lamentavelmente morreu há dias. Estou-me a referir ao Presidente José Eduardo dos Santos… Os angolanos, de uma forma geral, os membros de partidos políticos, da sociedade civil, até estrangeiros, os diplomatas, foram, durante sete dias, de forma ordeira, prestar homenagem ao Presidente José Eduardo dos Santos”, recordou João Lourenço, chamando a atenção para a ausência dos membros da UNITA.

“Vocês viram lá alguns desses que foram salvos por José Eduardo dos Santos, a prestar homenagem àquele que lhes salvou? Eu não vi ninguém! Então, que tipo de gente é esta? Não foram prestar homenagem ao salvador deles. Não apareceram. Foram sete dias”, frisou.

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