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Instituições públicas obrigadas a comprar produtos e serviços nacionais a partir de 2024

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A partir do próximo ano, as instituições públicas ficam obrigadas a comprar produtos e serviços maioritariamente nacionais. A decisão é do executivo que quer com isso estimular e aumentar a produção interna nacional.

Os órgãos de defesa e segurança são os primeiros a serem chamados a assumir este desafio. Com esta medida, o executivo angolano dá um novo impulso para o aumento da produção interna nacional e mais um paço para a redução das importações.

Segundo o ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano, que falava à imprensa, nesta segunda-feira, 13, o governo espera efectivar um certo aumento na produção interna, com o propósito de conceber mais empregos e rendimentos aos cidadãos.

“A partir de 2024, se há produção nacional, temos que a adquirir, é assim que seremos capazes de reduzir o desemprego, melhorar os níveis de rendimento dos nossos cidadãos, e irmos construindo o bem-estar. Portanto, o grande desafio que se coloca, por isso, é o de que devemos continuar a produzir e a transformar o campo”, referiu.

José de Lima Massano reconheceu igualmente que, apesar da pretensão de se reduzir significativamente as importações, alguns produtos ainda com certo peso na alimentação dos angolanos continuarão na classe dos importados.

“Há produtos em que a necessidade de importação vai colocar-se, mas não pode ser na magnitude que vínhamos fazendo. Portanto, o país não pode continuar, ou melhor, não tem se quer essa capacidade para depender de forma tão excessiva das importações”, disse o ministro, tendo salientando que com “excessiva produção importada dificilmente Angola conseguirá a tão pretendida estabilidade dos preços”.

“Nós temos também a forte preocupação com a estabilidade de preços, mas não vai ser possível chegarmos a ela com produção importada. Estamos muito expostos à volatilidade de preços no mercado internacional, do comportamento do preço do barril do petróleo, da própria produção petrolífera, quando entre nós temos terras aráveis, águas e pessoas para trabalhar”, reforçou.

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