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INE confirma estagnação da economia no II trimestre com variação homóloga de 0,01%

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O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,2% entre o primeiro e o segundo trimestre de 2023, e 0,01% em termos homólogos, reflectindo os efeitos do declínio da produção petrolífera, que não foi compensando por outras actividades.

Dados da Folha de Informação Rápida (FIR), do Instituto Nacional de Estatística (INE), relativos às contas nacionais trimestrais, apontam que o Valor Acrescentado Bruto (VAB) da extracção e refinação de petróleo teve uma queda de 2,9%, no segundo trimestre de 2023, contribuindo negativamente com 0,01 pontos percentuais para a variação total do PIB.

A extracção e refinação do petróleo bruto e gás natural, com 28,2%, é a actividade que mais pesou no desempenho da economia nacional, seguindo-se o comércio (19,8%), agropecuária e silvicultura (13,0%) e outros serviços, com 12,4%.

“Embora tenha registado variações positivas na produção da quantidade extraída de gás natural, LNG (gás natural liquefeito) e condensado, houve uma queda da extracção de petróleo bruto, sendo que este último tem um peso na ordem dos 90%”, justifica o INE.

A variação foi resultante da paragem do processamento, devido a uma fuga de gás no poço BL6P1-ST1, do campo Belize, paragens do processo no tanque de armazenamento, no FPSO (unidade flutuante) Kizomba A e o baixo desempenho de alguns poços do campo Ndungu.

De acordo com INE, o VAB da extracção de diamantes e minerais teve um decréscimo de 21,9% no período em análise, tendo sido observada uma variação negativa na produção de extracção de diamantes e sal na ordem dos 22,1% e 52,9%, respectivamente.

Por outro lado, o VAB da Agropecuária teve um crescimento homólogo de 1,6%, devido ao aumento da produção das culturas agrícolas e da pecuária, enquanto o das pescas teve um crescimento de 5,6%, devido ao aumento de algumas embarcações de grande porte e a entrada de mais projectos da aquicultura comunal e centros de larvicultura.

Na indústria transformadora, o VAB teve um crescimento ligeiro em torno de 0,1%, com contributos positivos dos sectores de bebidas e do tabaco; produtos químicos; abate de animais e preparação de carne; fabrico de óleo; fabrico de mobiliários e produtos metálicos elaborados, máquinas, de equipamentos e de material de transporte.

Quanto ao Valor Acrescentado Bruto do governo, o documento em análise realça que este teve uma subida de 2,2% pelo facto do sector público registar um aumento no valor das remunerações declaradas face ao período homólogo, representando assim um peso acima do 60% na estimação do valor da produção do sector.

A Folha de Informação Rápida do INE apresenta os detalhes da taxa de crescimento trimestral com ajuste sazonal, variação homóloga, taxas de crescimento acumuladas ao longo do ano, taxa de variação acumulada nos últimos quatro trimestres e a variação do PIB a preços corrente.

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