IEBA recomenda que seus líderes sejam prudentes ao concederem a palavra aos políticos nesta época da propaganda política
O Secretariado Geral da Igreja Evangélica Baptista em Angola (IEBA) proibiu, através de um comunicado dirigido à congregação e à liderança da denominação religiosa no país, o uso dos seus púlpitos para fins de propaganda política no quadro das eleições gerais de Agosto próximo, tendo recomendado “prudência” todas as vezes que se conceder a palavra aos políticos durante os cultos.
A IEBA, que justifica o comunicado com o facto de a Igreja ser um organismo apartidário e tendo em conta o momento político que o país vive — caracterizado pelo início da pré-campanha eleitoral, que conduzirá o país às eleições deste ano — ordenou os líderes locais a usarem “os púlpitos apenas para a proclamação do evangelho de salvação e não apara a abordagem de questões políticas”.
“Que os líderes das igrejas locais sejam prudentes ao concederem a palavra aos políticos que participam dos cultos nesta época da propaganda política; que nenhum templo da IEBA seja usado para a propaganda partidária”, orienta o comunicado do Secretariado Geral da IEBA, proibindo igualmente o “uso de indumentária partidária, panfletos, ou realização de actos de propaganda político-partidária nos templos, recintos ou espaços” afectos à Igreja.
O comunicado é ainda detalhista em relação ao uso de indumentárias da IEBA ou os seus símbolos em actividades partidárias, “considerando que os últimos dias tem havido pedidos de visitas aos templos da IEBA por parte dos partidos políticos”.
Em caso de um eventualmente pronunciamentos dos seus líderes sobre as eleições, o Secretariado da IEBA não o proíbe, mas deixa uma recomendação aos líderes religiosos sobre o assunto em causa:
“Qualquer pronunciamento sobre as eleições em Angola por parte dos líderes da IEBA, que seja feito com muita sabedoria, prudência e neutralidade”, aconselha o comunicado da organização religiosa cristã.
A IEBA completa, a 24 de Outubro próximo, 144 anos de evangelização desde a chegada dos primeiros missionários e 45 anos de expansão em Angola. O seu novo secretário-geral foi eleito a 30 de Outubro de 2021 e trata-se do reverendo Leo Nsumbo Bênção, substituindo o agora reformado Ntoni-a-Nzinga.