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Higino Carneiro refugia-se na disciplina partidária para evitar abordar “extemporaneamente” candidatura à liderança do MPLA e da República

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O general Higino Carneiro, um dos nomes apontados como estando na ‘linha da frente’ da lista de putativos candidatos à liderança do MPLA e, por conseguinte, da República, recusou-se, na última semana, na Casa da Juventude de Viana, a abordar publicamente o assunto, remetendo-o para um “foro apropriado”, isto é, no seu partido.

“Qualquer discussão à volta deste tema [sobre a possível candidatura], eu fá-lo-ei seguramente num local próprio. Portanto, o MPLA tem estatutos, tem regulamentos, e — como eu sou uma pessoa disciplinada, mas também membro de direcção do partido — se este tema se colocar, naturalmente, vai ser lá dentro daquele foro que eu vou abordar e não fazê-lo — perdoem-me a franqueza — aqui”, declarou, quando questionado a respeito do tema.

O político, que falava para centenas de jovens, no âmbito do programa ‘Reencontro com a História’, organizado pelo Movimento dos Estudantes Angolanos (MEA), não quis alongar-se sobre o assunto, tendo-se limitando a reagir e a responder a uma série de assuntos que vieram a públicos nos últimos meses, os quais rotulou de “boatos”.

Higino Carneiro é membro do Comité Central do MPLA e tem sido apontado em círculos restritos como tendo a pretensão de se apresentar no próximo congresso ordinário do MPLA, a realizar em 2026, como candidato à liderança do partido, e por conseguinte tornar-se no cabeça de lista às eleições gerais de 2027.

A iniciativa de candidatura estaria a ser impulsionada por uma “profecia” do seu pai, Luís Lopes Carneiro, que, em 1954, durante a visita a Angola do ex-Presidente português, o general Francisco Higino Lopes Carneiro, sonhou ver o filho general e Presidente da República de Angola.

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