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Exportações angolanas caem 32% no I trimestre de 2023

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A balança comercial angolana registou, no primeiro trimestre deste ano, face ao período homólogo, uma queda de 32% nas exportações, resultado da redução da produção do petróleo — o principal produto de exportação do país — e da baixa do preço do barril de crude no mercado internacional.

Os dados constam do Boletim das Estatísticas de Comércio Externo referente ao I trimestre de 2023, publicado no site pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Os resultados divulgados indicam que, no primeiro trimestre de 2023, registou-se, face ao trimestre anterior, igualmente uma queda 13,5% no valor total das exportações.

Diferente das exportações, as importações angolanas voltaram a subir, desta vez 12,5%, ao passar de quase 1,9 biliões kwanzas, no I trimestre de 2022, para 2,1 biliões, entre Janeiro e Março deste ano.

Quanto ao saldo comercial angolano, este sofreu um tombo considerável de 50,5% face ao mesmo período do ano passado, ao passar de 4,6 biliões kz para quase 2,3 biliões.

A Ásia foi o continente líder para as exportações angolanas, com 56%, apesar de se ter registado uma queda de dois pontos percentuais, seguindo-se a Europa (31,0%) e o Resto do Mundo (4,4%).

Nas importações, os principais continentes foram a Ásia, com 44,6% (também com o registo de uma queda de 6,4 pontos percentuais), depois a Europa (31,7%), a América do Norte (6,3%) e África (5,8%).

As estatísticas indicam que as exportações de mercadorias angolanas para a China caíram 46,9%, no primeiro trimestre de 2023, face ao mesmo de 2022, passando de pouco mais de 3,2 biliões kz para cerca de 1,7 biliões kz.

A seguir à China, aparecem os Países Baixos (Holanda), com 9,4%, como um dos principais destinos das mercadorias angolanas, assim como a Índia (6,1%), Espanha (6,0%) e França (5,4%).

Por seu turno, as importações ao gigante asiático subiram 47,5%, ao passar de 245,0 mil milhões kz para 362,9 mil milhões.

Portugal (11,5%), Países Baixos (9,8%), Índia (7,1%) e Estados Unidos da América (7,1%), surgem na lista dos principais importadores.

Dentre os grupos de produtos exportados destacam-se o dos combustíveis minerais (93,5%) e outros, incluindo os diamantes, com 5,0% em relação ao valor total arrecadado no primeiro trimestre de 2022.

Como nas exportações, nas importações destacam-se o grupo das Máquinas e Aparelhos (22,3%), seguindo-se do dos Combustíveis e Minerais (20,2%), Produtos Alimentares (11,3%), Veículos e Outros Meios de Transporte (10,3%) e dos Produtos Químicos (9,0%).

Segundo a classificação por grandes categorias económicas de bens, durante o período em análise, nas exportações lideraram os combustíveis (93,1%), bens intermédios (0,9%) e os bens de consumo (0,4%).

Nas importações foram os bens de capital (23,8%), bens intermédios (21,7%) e combustíveis (20,0%).

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